Mira-te nas meigas águas do remanso
E veja, no fundo da águas, na folhagem,
Nós dois juntos, num abraço doce e manso
Qual a leve carícia das ondas, à margem.
Mira-te... e espere até que sopre o vento
E, vejas as águas agora tumultuadas
Numa explosão colossal que causou um beijo
De duas almas cândidas apaixonadas.
Mira-te nos meus olhos, na placidez
Do meu coração e veja nele um retrato
Que tem esta cor rosada de tua tez.
E um brilho límpido, um suave e doce estrato
De seus dois sóis ardentes que podem ver
Dentro de minh’alma o intimo de meu ser.
13/09/1969
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