segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ESPELHO D'ÁGUA - soneto

                








Mira-te nas meigas águas do remanso


E veja, no fundo da águas, na folhagem,


Nós dois juntos, num abraço doce e manso


Qual a leve carícia das ondas, à margem.





Mira-te... e espere até que sopre o vento


E, vejas as águas agora tumultuadas


Numa explosão colossal que causou um beijo


De duas almas cândidas apaixonadas.





Mira-te nos meus olhos, na placidez


Do meu coração e veja nele um retrato


Que tem esta cor rosada de tua tez.





E um brilho límpido, um suave e doce estrato


De seus dois sóis ardentes que podem ver


Dentro de minh’alma o intimo de meu ser.





13/09/1969



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