segunda-feira, 12 de setembro de 2011

VAZIO

                           

Vazio,

Inteiramente vazio...

É noite nublada

Sem estrelas.

É bar vazio

Sem mulheres.

É coração vazio

Sem amor.



É noite fria de calor, de vida.

É tudo rude, agreste, selvagem,

Os prédios escuros, os homens xingando,

Os homens bebendo e o bar malcheiroso,

As prostitutas vendendo,

Como objeto

O que é sublime.

[Bem sei que é problema social]

Mas é selvagem e doloroso.

Tudo continua frio,

O conhaque esquenta o sangue

Mas esfria o coração.

E tudo roda... roda...

Rende-se o ego

Toma conta o instinto.

Ficam sublimes as prostitutas

Fica vazia a memória

E fico mais vazio.







28/07/1969

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