segunda-feira, 17 de outubro de 2011

NADA.





Nada, eu o sou,

Pois vivo de um amor inexistente

Nela, e penitente

De nada em nada, procuro o tudo.



Nada tenho a meu consolo,

Em lágrimas tristes dou amor

E, em troco, ao invés de carinho,

Tenho a tristeza da dor.



Nada, triste nada enfim,

Coisa que nativa em mim

Dá-me amargura dolorida,



Pois sem ela nada sou,

E ela é tudo que tenho, inda

Que longe de minha vida.





Janeiro/1963

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