Nada, eu o sou,
Pois vivo de um amor inexistente
Nela, e penitente
De nada em nada, procuro o tudo.
Nada tenho a meu consolo,
Em lágrimas tristes dou amor
E, em troco, ao invés de carinho,
Tenho a tristeza da dor.
Nada, triste nada enfim,
Coisa que nativa em mim
Dá-me amargura dolorida,
Pois sem ela nada sou,
E ela é tudo que tenho, inda
Que longe de minha vida.
Janeiro/1963
Nenhum comentário:
Postar um comentário