quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ALVORADA DE UM BOÊMIO.





A noite está morrendo.

Desce a lua enterrada

Com séquito de estrelas...

Baila o funeral!

Bate luz. O sol exala

Seu canto matinal.



Segue a lua seu cortejo,

Corre o sol substituindo.



Desce o homem

Nas calçadas.

Que estrela ele será?

Está a lua seguindo,

Não quer ver

Não verá?...



Bate o sol com seus raios

Do funeral é o final.

E o homem segue rápido,

Fugindo!

Caminha na rota das ruas.



Para o homem na calçada...

Olha o céu...

O séquito sumiu.

Que é da lua?



Olha bem...

O sol surgiu.

Nasce uma nova alvorada

Novo sol

Novo cantar.



Ele bobo

Não diz nada.

Toma seu rumo

Vai deitar.





12/11/1971

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