Quando no crepúsculo
O ar cinza avermelhado
Toca a música das cores da saudade.
Ela vem meiga, flutuando,
Vem bailando, como se bailasse a valsa maviosa
Que fala aos corações partidos
Dos momentos felizes, que tiveram duração efêmera
E foram apagados pela escuridão.
Saudade! Tu és doce, porém.
És corolário. És afirmação correta
De que a busca deve continuar,
Pois o tesouro já foi avistado.
Saudade! És o incentivo a busca íntima.
És demonstração de alegria
Nem que esta tenha durado segundos.
Saudade! Não quero buscar
De modo algum, por teu intermédio
Fatos idênticos aos que passaram,
Estes não mais voltarão,
Mas guardo-te, guardo-te sorrindo,
Guardo-te ardentemente,
Pois és a certeza
Que o amor existe.
22/05/1969
Nenhum comentário:
Postar um comentário