quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DIÁLOGO COM A SAUDADE.






Quando no crepúsculo

O ar cinza avermelhado

Toca a música das cores da saudade.

Ela vem meiga, flutuando,

Vem bailando, como se bailasse a valsa maviosa

Que fala aos corações partidos

Dos momentos felizes, que tiveram duração efêmera

E foram apagados pela escuridão.



Saudade! Tu és doce, porém.

És corolário. És afirmação correta

De que a busca deve continuar,

Pois o tesouro já foi avistado.



Saudade! És o incentivo a busca íntima.

És demonstração de alegria

Nem que esta tenha durado segundos.



Saudade! Não quero buscar

De modo algum, por teu intermédio

Fatos idênticos aos que passaram,

Estes não mais voltarão,

Mas guardo-te, guardo-te sorrindo,

Guardo-te ardentemente,

Pois és a certeza

Que o amor existe.





22/05/1969






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