Nas profundezas do mar
O verde puro se embaça
Como um coração a sonhar,
Ou um ser que se despedaça.
O milharal amarelo
De tom palha, desfalece
Deixando de ser singelo
Tal como adubo adormece.
Meu se perto de ti é mar
Profundo. Teus olhos verdes
Só podem o abacinar,
E as palhas que sou, morrem
Suplicando amor, qual o ouro
Em fios que aos ombros escorrem.
26/03/1968
Passando e lendo você.
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