domingo, 4 de dezembro de 2011

POETA






Poeta é um ser estranho

Que vive o momento

Acalentando o próximo

Sendo

No entanto impenetrável.



É o padre no confessionário

Que consola...dá penitência

Dá conforto

Mas está envolto numa nuvem

Divina? Diabólica? Impenetrável!



É o psiquiatra que fala

Pontua... compreende...orienta.

Mas está atrás

Inexistente

Só se manifesta como sombra.



Poeta é um ser que não pertence.

Que anda, agita, blasfema

Mas no fundo é ausente

Passa de modo esquizóide pela vida

Tentando se compreender, em vão...

E ao seu redor, todos o enxergam

Como ponto de interrogação.





10/04/2009


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