sábado, 10 de dezembro de 2011

POLINIZAÇÃO. pensamento.





Sábado a noite, quase meia noite. Estou passeando pela net. Abro um link: - The beauty pollination do You Tube.  Lindas imagens. Retratam as flores abrindo, abelhas, besouros, beija-flores indo sugar o néctar e ora disputando entre si, ora agrupando-se em bandos, como que em uma dança no palco do magistral teatro da natureza.

Segue a função e na vida da noite, meigos morcegos delicadamente beijam as flores como que estivessem venerando o amor.

Creio que o balé surgiu de algum artista que olhava esta dança diuturna da continuidade da vida e, tentou no palco humano retratar a espontaneidade da criação.

Fico indagativo. Saberia todos os artistas o motivo de sua função?

As flores, no seu prazer de amantes numa noite numa noite de paixão, recepcionam os pássaros e os insetos, maravilhadas no prazer da felicidade.

As abelhas, com sua sociedade organizada, lembrando a nossa, cumprem seu trabalho para ter a recompensa na colônia, de seu dever cumprido.

Os beija- flores, os besouros e morcegos vão se deliciar de uma refeição, como que passeassem em um restaurante Frances, pedindo a melhor iguaria e sorvessem o melhor vinho.

Todos estão no momento, vivendo apenas este momento. A flor não sabe que será fruto e semente, e as aves e os insetos estão apenas se alimentando. A vida é a hora, o instante.

E nós? O artista que, copiando o balé da natureza, com maestria o levou aos palcos, sabe o que faz, ou apenas retratou um momento de lucidez, por ter visto a vida de outro ângulo?

Captou um saber que não lhe é cotidiano e, num momento de gênio conseguiu colocá-lo em movimento?

Na verdade, em toda prepotência de nosso autoconhecimento, somos integrantes apenas deste balé de cores que nos cativa. Não nos lembramos de nossa origem. Só temos memória a partir dos três anos. Sabemos que morremos, mas ninguém consegue imaginar a própria morte; e pior de tudo: Nada sabemos do momento seguinte.

Continuo vendo o balé da vida na net e, creio: vale a pena viver cada segundo como único. Com intensidade e prazer total, pois não sabemos de onde viemos nem o instante seguinte e qual a nossa finalidade nesta dança da vida.



11/12/2011

Tony-poeta pensamentos.




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