segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GAROA - DEPRESSÃO




GAROA – DEPRESSÃO





Começa o dia: nublado, escuro.

O dia que não tem movimento!

A chuva é um quadro obscuro

É uma cobrança insistente:

O que é esta vida da gente?

O que é ser, sem movimento?



Monótono encontro o dia

É um oco na conformação

Dos confusos pensares vadios

Brejeiros que enchem de emoção.



                                                 Se não tenho nem ansiedade

Pois esta é medo ou vontade

Do que está para acontecer.

No marasmo do gris, a alma

Não há pressa, tampouco calma,

Pois não há onde se esconder.



Busco ver no passado: Nada!

No porvir; sem nenhuma estrada!

Simplesmente sem um lugar:

 Apaixonado ou desprezado?

No nada não tem verbo amar.



E no espaço sem ancoragem

Sem nenhum vôo ou fixação

Na visão nenhuma miragem

Nem de guerra, nem de paixão.



O som da garoa, tão abafado

 Não tenta nem mesmo falar

É um misterioso tom calado

Que não tem nada o que contar.



 Sem sonoridade e espaço.

 Tímidas ondas do pensar,

Sem movimento ou compasso,

Sem ter ódio e sem amar,

Sem nenhum borrão de ansiedade

Sinto na alma a necessidade

De ter algo a se preocupar.



Minha conclusão:

Ao ser fora de ação

Isto é depressão.







Tony-poeta pensamentos

16/01/2012






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