quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O FILME





O FILME





Vida monótona

Muitos desejos insatisfeitos.

Fez uma Maria qualquer

Ou Mario [homem ou mulher]

Um ser mortal, um sujeito

Sentir-se tão impotente

Pequeno,

Não pertencente

A todo meio que o cerca.



Ficou por dentro amuado

Fraco e coitado,

Incapaz até de pensar.

Não tendo mais nada,

Nem fantasias,

Acordado ou dormindo

De noite ou de dia

Não conseguia sonhar.



Mas...

A vida passando

O vácuo se acumulando

Em sua cabeça vazia

Começava incomodar

E, na tela de plasma

Da novela ao enlatado

Tentou outras vidas começar.

Ali podia viver

Amas, fantasiar.

Olhando fixo à telinha

Deitado em seu sofá

Olha, horas e horas

Até adormecer.

Mas acorda sem sonhar!





22/05/2005

tony-poeta pensamentos












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