sábado, 4 de fevereiro de 2012

O PÓLEN







O PÓLEN





Vento

Forte vento

Assolando pradarias

Momento confuso.

Como pode um ser

Que ainda não o era

Por entre tormentas viver?



Vento

Batia em rajadas

Dança macabra

Compassos do trovão.

Folhas e galhos. Arrancava

Por tudo e por onde passava.

Como pode um ser

Voando sem ter ancoragem

Por entre tormentas viver?



Vento

Em redemoinho

Sem nenhuma contenção

Ria.  Riso de escárnio

Sádico, assustador

O raio destruidor

Precedia o trovão

Chuva grossa caia

Arrastando a ilusão.

Como pode em tanta agressão

Um ser que ainda não era

Por entre tormentas viver?



Vento

Não dando tréguas

Ser no mundo jogado

Joguete arrebatado

Brusco. Para. Como explicar

Se o vento, toda força

Não o pode segurar?

Força estranha

Dominando a natureza?

Incerteza. Perdido

Não sabia rezar.

Rodopiou.

Anteparo do vento

Assustado. Já perdido

Seu quase ser,

Sentiu a acolhida.

Flor ferida. Molhada.

Era o nascer!



tony-poeta pensamentos

04/02/12


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