domingo, 25 de março de 2012

MORREU DE TANTO FICAR NA NET


MORREU DE TANTO FICAR NA NET






Há três dias postaram esta noticia. [MORREU DE TANTO FICAR NA NET]. Não houve muitos comentários. Creio que gerou alguma preocupação. As pessoas diante de fatos preocupantes e, que podem ter a ver com seu comportamento, evitam falar. Como já estava há horas escrevendo, também tirei a pressão. A pressão é um santo exame. Está com dor de cabeça: Mede a pressão. Bebeu demais: Mede a pressão; Dor de corno: mede a pressão várias vezes; e assim por diante.

A pressão estava normal, como em todos os casos anteriores exemplificados. Era quatro da manhã. Preocupado olhei o monitor. Tinha uma moça.

Moça não, uma fada nua; com olhos de jabuticaba hipnotizantes, boca vermelho cereja formando coração, no delinear fino e delicado dos lábios, que deixava entrever a língua sensual e carnuda em movimentos sutilmente provocantes..

Pensei imediatamente na noticia, imaginando que o infeliz rapaz começara a ter tais visões antes de falecer. Mas a tela forçava minha fixação. Transportou-me a um Paraíso a Dois onde tudo era perfeito. A decoração impecável não era desarrumada, mesmo que tirasse as coisas do lugar. Deixei meu sapato, logo na entrada e prontamente reapareceu na sapateira. Fui urinar e os pingos, fora do vaso imediatamente desapareceram e, como que por milagre um perfume de rosas do campo inundou o ambiente.

A fada nua estava vestida em roupas de festa para me servir champanhe. Preferi uísque e sua veste mudou para uma calça jeans que dava formato perfeito ao corpo e uma blusa super sensual que deixava ver a silhueta dos seios e dos mamilos.

Tudo que passasse ao redor era ignorado. A musa era só carinhos, só caricias e, não reclamava, não fazia dengo, não tinha mal humor. Apenas agradava com o toque sutil de quem tem amor.

Pensei: Ou entro na tela, ou ela vem para o quarto. Ainda lembrei-me de imaginar o rapaz falecido, mas o bom senso disse:- Dane-se!

Concentrei-me. Era melhor entrar na tela. Mesmo sendo uma fada, iria dar trabalho arrumar meu quarto, pelo menos dez pares de calçado estavam fora da sapateira, a cama não tinha sido arrumada. Tinha sobre ela um pijama de frio e um de calor. Tinha esfriado a noite, era realmente dentro da tela o lugar ideal.

A musa deu aquele sorriso super doce do outro lado. Seus olhos brilharam com as cores mais envolventes que eu jamais tinha imaginado. Seu corpo como um bale se moveu a meu encontro, para o encontro divinal. Vivo ou morto, não mais importava. Cores forte apareceram na tela e, de repente...

Queimou o monitor.



25/03/12

tony-poeta pensamentos




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