segunda-feira, 14 de maio de 2012

INDICE DE QUALIDADE DE VIDA


INDICE DE QUALIDADE DE VIDA




Em um artigo hoje em El Pais, assinado por Alejandro Rebossio, correspondente do jornal, na cidade de Buenos Aires, encontramos um dado do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] que um terço da população da América Latina e do Caribe apresenta condições precárias de moradias [barracos, sem água e esgoto]. Este dado deve orientar a os futuros investimentos para a região.

O dado por si só é preocupante e gravíssimo, e vem se repetindo ano a ano, com pouca melhoria.

Do ponto de vista de doenças infecciosas e alimentares é fator real desencadeante de graves problemas de saúde. Mas, não há nenhum estudo do impacto psicológico em tal levantamento.

Apesar de dados isolados não serem confiáveis a um todo, o que se percebe na clinica diária é que além destes dados, tem que se levar em conta a saúde social e consequentemente psicológica da população. Os dados do BID, por se destinar a investimentos econômicos, [financiamentos], quase nada observa.

Ontem foi o Dia das Mães. Conversávamos entre amigos sobre o numero exagerado de pessoas que passaram o dia sozinho. Sabemos que em datas especiais, como esta, o isolamento social é fator agravante de depressões e neuroses variadas. O isolamento social, no caso da pessoa sentir-se sem apoio em determinado dia especial, vai atuar como fator de rejeição ou abandono social, o que é muito grave. Este dado não é abrangido pelo índice.

O que podemos notar, é que a sociedade [no caso Litoral de São Paulo], com os filhos mudando para longe, empregos escravizantes que não permitem viagens com objetivos familiares, e fator econômico associado, viajar é caro. O desamparo social é amplo e distribuído em todas as camadas, não só neste terço abandonado.

Nota-se também que as dificuldades de moradia e emprego é um fator de união das famílias menos favorecidas. O fato de estar semi-excluido faz que o comportamento interno se torne mais rígido e com maior observância de valores tradicionais; portanto maior amparo entre seus membros, o que vai se perdendo conforme se galga degraus econômicos mais altos; o que apontaria para uma pesquisa direcionada, para ver o grau de carência real entre as varias camadas da população.

Sabemos, como já disse acima, que o isolamento social é fator importante na formação de neuroses.  Por outro lado é motivo de preocupação atual o uso excessivo de antedepressivos e ansiolíticos. Será que não é hora de se associar aos estudos habitacionais o estudo psicológico e, colhermos dados para orientar as mudanças sociais aceleradas que acontecem, com uma política apropriada?

Acho que é interessante ampliar o foco de estudo.

14/05/2012






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