A PAZ DO CANAL DE BERTIOGA
Hora mais clara do dia.
O Canal absorve a paz que ali mora e contagia o redor.
Nada se move tudo tem uma aura. São aureolas finíssimas circundando a paisagem.
Nada se movimenta
Parou a vida, ali atingiu o Maximo da força.
Neste todo envolvente, que olho e participo sou integrado.
Há paz. Muita Paz.
A paisagem e eu como pintura se emolduram.
Nada se move. As águas reposam.
O vento não mais sopra;
Gaivotas, garças e mergulhões empoleiram-se nas embarcações ancoradas
Pertencem à paz do Canal.
Não existe sensação igual,
A paz total eleva o ser à integração e a natureza;
É como o amor pleno e absoluto a amada
Se aninhando nas curvas
O sonho atingindo o não pensar;
É como a passagem do Sábio das Montanhas
Que conhecendo todas as virtudes do Universo
Integra-se e repousa na Paz absoluta.
Amor e morte se comungam na paz.
A Paz do amor total,
A morte da tarefa vencida com galhardia.
O canal nesta hora é vida e morte.
É amor.
O Canal é a vida.
25/05/12
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