NÃO SOU TRISTE
Acordo sempre alegre,
Canto a vida. Esta deve ser cantada.
Recolho a poeira dos sonhos,
Começo o dia a andar.
Olho a mãe menina que chora.
Fome e desilusão. Fico condoído.
O ser em pedaços que esmola,
Dou um troco sabendo não ser nada.
A mãe procurando o filho drogado
Nas esquinas dos desencontros.
Dou uma palavra, apenas paliativo.
Vejo o velho surdo no mundo surdo que não o ouve,
Movimento os lábios dizendo: te entendo,
Observo o cão sarnento remexendo o lixo,
Sem ter mais o que fazer
Vejo que a vida toca meu íntimo
E faço um poema
Na tentativa que o mundo me ouça.
25/06/12
Tony-poeta
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