quarta-feira, 4 de julho de 2012

CUCO


CUCO

1964





Já notaste a apressado relógio,

Igual a um cavalo a galopar

Num galope tão desenfreado,

De modo algum consegue parar.



E as folhinhas, como outono eterno,

Caem eternamente, sem cessar,

E a luz do sol, num eterno circulo,

Vai embora, depois volta brilhar.



E quando a morte, esta fria e cruel morte,

Tristemente se fizer anunciar,

Será que nos levará para onde?

Lá o relógio poderá parar?



Ou então, quando a vida se acabar,

Ainda haverá o cuco a importunar?







1964

Tony-poeta






Nenhum comentário:

Postar um comentário