CUCO
1964
Já notaste a apressado relógio,
Igual a um cavalo a galopar
Num galope tão desenfreado,
De modo algum consegue parar.
E as folhinhas, como outono eterno,
Caem eternamente, sem cessar,
E a luz do sol, num eterno circulo,
Vai embora, depois volta brilhar.
E quando a morte, esta fria e cruel morte,
Tristemente se fizer anunciar,
Será que nos levará para onde?
Lá o relógio poderá parar?
Ou então, quando a vida se acabar,
Ainda haverá o cuco a importunar?
1964
Tony-poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário