quinta-feira, 19 de julho de 2012

OLHAR DO ENGANO


OLHAR DE ENGANO


Esta tal autonomia, meu tormento.
Que me mantém querendo outro ser,
Ganhei de presente de nascimento
No berço em que vi o mundo nascer.

Disserem-me ali: Antônio tu és!
E nisto está implícito o que farei.
Mas, por mais voltas que dêem meus pés,
Nunca outro, sempre o mesmo serei.

Se cresci inseguro, muito angustiado.
Muito não deu certo. Fico frustrado
Porque meio termo, jamais terei.

Se marcado fui, delimitado,
Por este tal destino que formei
No olhar de engano que me foi dado.


18/10/2011
TONY-POETA


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