LIDERES, IDOLOS E GOVERNOS
Como poeta alguma coisa dentro de mim, talvez meu
inconsciente, me faz procurar o lado bom das coisas e tentar expressa-lo em
forma de poemas.
Mas, este próprio inconsciente, foi agredido pela minha
necessidade de subsistência e, teve que se tornar critico e logico com o que
acontece no mundo. É este raciocínio lógico
que usarei. Não fiz pesquisas e não é um trabalho cientifico, é apenas uma
constatação pelo que vi e li durante meu trajeto.
Pensa hoje, ao ir ao trabalho em Che Guevara: há dois dias
foi aniversário de sua morte e no dia anterior o de sua captura pelas forças
ditatoriais da Bolívia, com o apoio dos EUA. Foi severamente torturado e morto
sem direito de defesa. Hoje é o símbolo de liberdade entre os jovens; o que vem
se sucedendo por varias gerações. A comemoração do líder assassinado é feita
por meio de camisetas, bottons e outros materiais evocativos, vendidos no
comercio, exatamente pela classe que o mandou matar, ou seja, pelo poder de
mercado.
Este mercado não tem mágoas, nem remorsos da morte de Che
Guevara, possivelmente o fabricante de quinquilharias até o admire; desde que
ele não reencarne e venha quebrar a ordem de seu comércio.
Este fato me levou a indagação: Qual o problema de um líder.
Se Che pegava em armas, muitos outros foram executados ou difamados, apenas
pelo que representavam, e por suas ideias. O que chama atenção é que lideres
são mortos e excluídos de todos os lados da história. No próprio EUA temos
casos como Lincoln e Kennedy, representantes do poder americano, que ao atingir
um patamar de liderança, não condizente com o capital, se tornaram souvenires
como Che Guevara.
O numero de lideres excluídos pelo sistema de dominação do
capital é incontável: Napoleão e Anuar Sadat, possivelmente envenenados. Nasser
no Egito morto com um tiro de canhão num desfile militar, Kadafi morto
torturado e, ainda queriam o neto que acabara de nascer em outro país para ser
julgado, o sistema tribal o nome acompanha o líder. Sadan Hussein enforcado;
lideres palestinos bombardeados em seu automóvel dentro das cidades. Bin Laden
executado dentro de casa desarmado e, sem direito a tumulo para evitar
visitação. Allende bombardeado dentro do próprio palácio.
Os lideres são na verdade uteis ao capital. Durante os períodos
sem turbulências, presidentes fracos são ocultados pela liderança de atletas, músicos,
reality show e uma série interminável de artefatos usados para desviar a
atenção, sempre com a fiel colaboração da imprensa submissa. Estes governantes
quanto menos aparecerem melhor. Todos os tipos de desvio de fundos do país se
realizam, indo a parte do leão para o capital e, estes pseudo lideres são
iludidos na sua má fé, com a parte pequena e o alto risco do ato.
Nas situações de convulsão social, ou quando o capital
resolve fazer lucrativas medidas econômico, lideres fictícios são criados e destruídos
assim que o sistema esteja em funcionamento. Como exemplo temos a implantação
do Neoliberalismo pelo Collor; a principio apresentado como o homem que
resolveria a corrupção, sendo depois execrado por um simples automóvel nacional,
acusado como alta corrupção.
Uma vez obtido o que se queria o capital apoia dirigentes
fracos e maleáveis, preferencialmente sem projetos.
Enquanto os lideres falsos ou verdadeiros são execrados pela
imprensa na hora oportuna, e banidos de cena com assassinato de caráter ou
assassinato real; o capital continua escondido atrás de seus computadores, em
algum local encantado do planeta e, com a grande característica de ser imune a
qualquer ataque, exatamente pelo anonimato absoluto e a criminosa conivência da
imprensa.
11/10/12
Tony-poeta
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