quinta-feira, 11 de outubro de 2012

LIDERES, IDOLOS E GOVERNOS


LIDERES, IDOLOS E GOVERNOS


 

Como poeta alguma coisa dentro de mim, talvez meu inconsciente, me faz procurar o lado bom das coisas e tentar expressa-lo em forma de poemas. 

Mas, este próprio inconsciente, foi agredido pela minha necessidade de subsistência e, teve que se tornar critico e logico com o que acontece no mundo.  É este raciocínio lógico que usarei. Não fiz pesquisas e não é um trabalho cientifico, é apenas uma constatação pelo que vi e li durante meu trajeto.

Pensa hoje, ao ir ao trabalho em Che Guevara: há dois dias foi aniversário de sua morte e no dia anterior o de sua captura pelas forças ditatoriais da Bolívia, com o apoio dos EUA. Foi severamente torturado e morto sem direito de defesa. Hoje é o símbolo de liberdade entre os jovens; o que vem se sucedendo por varias gerações. A comemoração do líder assassinado é feita por meio de camisetas, bottons e outros materiais evocativos, vendidos no comercio, exatamente pela classe que o mandou matar, ou seja, pelo poder de mercado.

Este mercado não tem mágoas, nem remorsos da morte de Che Guevara, possivelmente o fabricante de quinquilharias até o admire; desde que ele não reencarne e venha quebrar a ordem de seu comércio.

Este fato me levou a indagação: Qual o problema de um líder. Se Che pegava em armas, muitos outros foram executados ou difamados, apenas pelo que representavam, e por suas ideias. O que chama atenção é que lideres são mortos e excluídos de todos os lados da história. No próprio EUA temos casos como Lincoln e Kennedy, representantes do poder americano, que ao atingir um patamar de liderança, não condizente com o capital, se tornaram souvenires como Che Guevara.   

O numero de lideres excluídos pelo sistema de dominação do capital é incontável: Napoleão e Anuar Sadat, possivelmente envenenados. Nasser no Egito morto com um tiro de canhão num desfile militar, Kadafi morto torturado e, ainda queriam o neto que acabara de nascer em outro país para ser julgado, o sistema tribal o nome acompanha o líder. Sadan Hussein enforcado; lideres palestinos bombardeados em seu automóvel dentro das cidades. Bin Laden executado dentro de casa desarmado e, sem direito a tumulo para evitar visitação. Allende bombardeado dentro do próprio palácio.

Os lideres são na verdade uteis ao capital. Durante os períodos sem turbulências, presidentes fracos são ocultados pela liderança de atletas, músicos, reality show e uma série interminável de artefatos usados para desviar a atenção, sempre com a fiel colaboração da imprensa submissa. Estes governantes quanto menos aparecerem melhor. Todos os tipos de desvio de fundos do país se realizam, indo a parte do leão para o capital e, estes pseudo lideres são iludidos na sua má fé, com a parte pequena e o alto risco do ato.

Nas situações de convulsão social, ou quando o capital resolve fazer lucrativas medidas econômico, lideres fictícios são criados e destruídos assim que o sistema esteja em funcionamento. Como exemplo temos a implantação do Neoliberalismo pelo Collor; a principio apresentado como o homem que resolveria a corrupção, sendo depois execrado por um simples automóvel nacional, acusado como alta corrupção.

Uma vez obtido o que se queria o capital apoia dirigentes fracos e maleáveis, preferencialmente sem projetos.

Enquanto os lideres falsos ou verdadeiros são execrados pela imprensa na hora oportuna, e banidos de cena com assassinato de caráter ou assassinato real; o capital continua escondido atrás de seus computadores, em algum local encantado do planeta e, com a grande característica de ser imune a qualquer ataque, exatamente pelo anonimato absoluto e a criminosa conivência da imprensa.

 

11/10/12

Tony-poeta

 

 

 

 

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