domingo, 14 de outubro de 2012

POEMA DE JOVENAL MALOA - MOÇAMBIQUE

MOÇAMBIQUE - MAPUTO

Muito que ocupa o meu nada


 

És o muito que ocupa o meu nada

A felicidade que habita em minha vida

És para mim o santo parto do dia

Que nasce no teu olhar, sol

Dona do perfume rosa e do olhar que me guia

És o meu farol

 

És para mim a viagem que não tem partida

Pretendo mares e exílios ao meu ser

És a cascata que molha o meu

Sonho em varandas de despedidas

Prometendo-me viver o hoje

És o meu amanhecer

 

És o porto seguro

Perco-me nas ilhas desertas das tuas praias

Por vezes turbulentas

Pois o teu muito ocupa o meu nada

Mas me animo quando se comportas com um navio

E levas todas as minhas mágoas

Com canções no desejo da tua pele perfumada

 

És mesmo o muito

Que ocupa tanto de nada que existe em mim

E no teu rosto um sorriso

És o muito que ocupa o meu nada

Quando chamas-me de mãe em pensamentos ponho-me a sorrir

Filha minha por vir…

 

Lettya Nenny Shantaren (heterónimo de JOVENAL MALOA)

Um comentário:

  1. muito obrigado meu caro amigo e homologo amante da escrita, por fazer desta casa virtual um lugar onde os meus miseros escritos estao ospedados... abraços deste teu irmao africano(moçambicano, e abraços e beijos da alma de ARTHUR DELLARUBA E DE LETTYA NENNY SHANTAREN

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