terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A POESIA POR LUCRECIO



 

A POESIA POR LUCRECIO


Tito Lucrécio Caro [98 a.C. a 50 a.C.]

Grandes são as coisas que ensino para expurgar do ânimo vãs superstições; obscuras são as matérias de que falo e para elas componho versos de luminosa clareza. [...]
Quando querem ministrar às crianças o amargo absinto, os médicos começam por dourar as bordas da taça com um mel louro e açucarado; assim, a juventude imprevidente, os lábios enganados pela doçura, engole a bebida amarga e, iludida para seu próprio bem, recobra a força e a saúde. Também eu, porque a doutrina é muito amarga para quem não a conhece a fundo e o vulgar dela se afasta com horror, quis expô-la para ti na doce linguagem das Musas como se a impregnasse de mel ( Da natureza, IV, 15-20 citado por Marilena Chauí, Introdução a história da Filosofia, 6, pg. 255)

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