sábado, 2 de fevereiro de 2013

SURFAR A VIDA

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SURFAR A VIDA


                                                 

Vivemos para a sociedade, uma vida em função do social. Sofremos!

O importante é que aprendamos viver para nós mesmos e, com a sociedade apenas com-viver.

Sim! É esta troca entre os elementos de uma comunidade que preenchem a vida. É um inter-relacionamento. Mas a Sociedade prende, o Inconsciente Coletivo é presente desde os ensinamentos dos antigos filósofos gregos. Ela nos atrai, prende, amarra; temos que nos soltar. A Sociedade é como a moldura de um quadro, guarnece, mas o que se destaca é a pintura.

Quem vive exclusivamente para os outros prepara a festa do próprio velório. Sim! O ponto culminante de uma existência é sua despedida. Imaginamos que ao lado da própria urna estaremos de pé anotando as visitas, os elogios e até mesmo as anedotas sobre nós mesmos, como anfitrião estaremos felizes com a festança social concluída.

Mas, se não houver nada disso?  Poder ser que morreu, acabou! Ou então somos levados imediatamente a outro plano. Será uma frustração perdermos nossa própria festa.

Temos que surfar a vida. Lembrarmos que como o mar haverá horas calmas ou com grandes ondas, felizes ou apavorantes, de alegria ou de choro, certamente a maior parte do tempo estará calmo ou mexido e só será possível observar.

Nunca devemos entrar na onda antes de avaliá-la. Uma vez nele temos que cair o menos possível. Amarremos bem a tabua a nossa canela e, se cair é só levantar e pegar a onda seguinte. Sempre haverá outra onda, diferente. Pode ser que seja de amor ou dor, que grite de alegria ou chore de tristeza, mas sempre será um grito, pois a vida é vibrante e solta sua voz.

Temos que nos mantermos na prancha, ela é a vida; cada ser social tem sua prancha e a dirige conforme seu desejo, o mar é apenas o caminho e a prancha a condução; apenas nos encontramos de passagem, damos um Olá! E seguimos: os demais seguem o próprio rumo.

Cada um na sua onda com sua prancha, cultuando a amizade e o amor, mas sem antecipar velórios concorridos.

 

02/02/13

Tony-poeta

 

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