sexta-feira, 26 de abril de 2013

AMOR E SOFRIMENTO



                              
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 AMOR E SOFRIMENTO.


Nos doze metros de meu quarto viajo no infinito de meu pensamento, como carrinho de trombadas de Parque de Diversões, abalroando a cada metro, sigo confuso, sem direção.
No espaço sem fim, no vale desconhecido delineiam-se tons azuis e verdes. Seriam oásis de sonhos? A busca é aflita em trancos de dor e quedas de solidão. O caminho esburacado com armadilhas escondidas na falta de luz ferem os membros.
Machucado, recolho-me a meu espaço sem fim, gozando das dores como que olhado por toda a sociedade e até sinto as mãos macias de uma alvura nunca antes encontrada acariciar minha face; posso até ouvir palavras doces que saem em acordes de lira, melodiosos acalmando meu sofrimento. Contente com a dor, nos trancos da estrada, os pés se arrastam para a vegetação magica de arvores com frutos de ouro que saciaram meus desejos e darão a calma almejada do sonhar.
Vencido o véu, as formas delineiam-se sem frutos de ouro ou folhas de esmeraldas. O sonho muito maior do que a possibilidade dos objetos frustra. Recolho-me novamente, encasulo-me em meu sofrimento, sorrindo a espera que o mundo me acalente e as mãos delicadas da fada encantada me faça gozar.
Trombando em caminhos do Parque da Vida, chorando e rindo a cada dor; temendo a felicidade que vira saudade num sopro de vento e, buscando o acalento das mãos que escorregam como agua que escorre de uma cachoeira e, vai muito longe espraiar-se nas pedras pretas e limosas do desaparecer.
No meu aposento de doze metros bato nas paredes, buscando o infinito de meu pensamento, num carro de parque que tromba contínuo até a luz ser desligada e não mais sorrir com o sofrer.

Tony-poeta
26/04/13

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