domingo, 7 de abril de 2013

ÉS O MUITO QUE OCUPA O MEU NADA - POEMA DE JOVENAL MALOA - MOÇAMBIQUE




És o muito que ocupa o meu nada


És o muito que ocupa o meu nada
A felicidade que habita em minha vida
És para mim o santo parto do dia
Que nasce no teu olhar, sol
Dona do perfume rosa e do olhar que me guia
És o meu farol

És para mim a viagem que não tem partida
Protendo mares e exílios ao meu ser
És a cascata que molha o meu -
Sonho em varandas de despedidas
Prometendo-me viver o hoje
És o meu amanhecer

És o porto seguro
Perco-me nas ilhas desertas das tuas praias
Por vezes turbulentas
Pois o teu muito ocupa o meu nada
Mas me animo quando se comportas com um navio
E levas todas as minhas mágoas
Com canções no desejo da tua pele perfumada

És mesmo o muito, que ocupa tanto de nada que existe em mim
E no teu rosto um sorriso - és o muito que ocupa o meu nada
Quando chamas-me de mãe em pensamentos ponho-me a sorrir
Filha minha por vir…

Jovenal Maloa - In textos de Lettya Nenny Shantaren

Nenhum comentário:

Postar um comentário