quarta-feira, 29 de maio de 2013

MEDICOS CUBANOS



 
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Médicos cubanos



Acompanho atenta a atual polemica da vinda de médicos cubanos e com pouco destaque os espanhóis e os portugueses.
A principio creio que: se faltam profissionais no momento dentro do país, e existe todos estes municípios sem assistência; se anteriormente a assistência não era prestada elas condições econômicas da Nação, o que atualmente não mais impede; creio que falta de médicos tem sido motivo de muitas mortes evitáveis; assim como a falta de alimentos onde já temos movimento para corrigir.
Em medicina, medidas de urgência tem aplicação imediata, depois se verificam os detalhes, portanto, sou a favor da vinda dos profissionais. O que deve ser discutido é: Que tipo de profissional deve se dirigir a estas áreas em caráter definitivo?
A formação médica é uma formação difícil, seis anos em período integral e dois anos no mínimo de Residência Medica, para termos um profissional apto ao exercício pleno da profissão. Com seis anos já é médico, mas necessita trabalhar inicialmente em um serviço com pessoal experiente para poder desenvolver plenamente.
Como toda profissão a medicina tem inúmeras correntes, com duas predominando. A primeira que era a dominante quando me formei em1974, que chamávamos Medicina Francesa, pela forte influencia que este país tinha na nossa cultura; onde prioriza um exame físico demorado e detalhado, com pouca solicitação de exames. Por outro lado temos a medicina de influencia americana, onde o exame físico é mais rápido e a quantidade de exames alta.
Esta predileção por exames complementares com o tempo faz com que o medico se sinta inseguro sem eles, gerando uma medicina dependente de laboratórios clínicos e de imagens.
Esta segunda opção é impraticável em lugares muito distantes, além de necessitar de equipe maior de profissionais, obrigaria a montagem de custosos laboratórios, onde não há demanda e consequentemente teríamos desperdício de material, pessoal ocioso preso em um lugar, acarretando carência em outros centros.
O correto seria um plano de carreira, os locais distantes atenderiam o contato básico. Os doentes de media e grande complexidade seriam encaminhados a centros mais avançados, conforme a doença. Isto já tenta se fazer em grandes centros, sendo de  implantação muito demorada .
De inicio necessitamos uma medicina tipo francesa, onde o medico com poucos recursos, consegue examinando chegar a um diagnóstico. Necessita no máximo de um aparelho de R.X.um microscópio, reativos para exames básicos, hemograma, malária, glicemia e função renal e hepática. [existem kits no mercado]. Em termos de saúde pública, um investimento barato.
As faculdades de Medicina atuais também ensinam esta medicina, pois é a básica, mas acaba dando ênfase a medicina laboratorial, que é o que o estudante vai encontrar na prática. O próprio estudante caminha nesta direção.  
Teremos, portanto a necessidade de criação de um plano de carreira e um direcionamento no ensino para preparar profissionais para esta realidade. São coisas demoradas, como podemos ver.
A meu ver a solução tem que ser dividida em duas etapas, aceitar os profissionais que podem dar cobertura de imediato e, com todo tempo necessário aos arranjos educacionais e políticos, preparar médicos e pessoal de apoio para manutenção definitiva da assistência.
Não podemos deixar a população faminta e doente só por morar em lugares ermos e retirados.

Tony-poeta


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