sexta-feira, 7 de junho de 2013

solidão - crônica



 

SOLIDÃO


Solidão não é a ausência de pessoas a nosso redor, mas sim é a indiferença frente a nossa presença.
Somos solitários nas ruas das grandes cidades, no Metro superlotado, na fila do banco. Conseguimos ser solitários até numa festa e num evento social; basta ninguém nos notar, e mesmo entre pessoas nos agoniamos e temos vontade de sair, sumir.
Quando nos arrumamos de manhã, tanto homens como mulheres, nos olhamos ao espelho, esculpimos nossa feição, alguns até esboçam um sorriso. Temos de ser agradáveis. As mulheres escolhem dez roupas e vinte sapatos até a combinação perfeita e satisfação de seu gosto. Todos esperam ao chegar à calçada e encontrar alguém com ar amistoso lhes dirigindo Bom Dia, com um sorriso e afeto.
Até o ódio nos faz presente, pois como no amor nos faz notado. A solidão é a companheira da indiferença, nela não existimos, não somos humanos, não há trocas nem alteridade.
Solidão é não estar, estando. Não pertencer em um local que nos é querido e familiar. É uma ausência presente. Mesmo quando nos sentimos solitarios em nosso aposento, não conseguimos visualizar outras pessoas a nosso redor, não há vida em nossa volta.
Solidão é a agonia do não ser.

07/06/13
Tony-poeta

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