FERIDAS
Vestidos de aranhas e escorpiões
As sombras caminham mansamente
Tom sinistro da fumaça de vulcões
Incertos de serem ou não incandescentes.
As formas desfiladas em ferrões
Envenenando-se mutuamente
Ecos tristes de outras sensações
Espectros deslizando sem poente.
Choro negro de cores falecidas
Montes desfilados em pedreiras
No meio da encosta, a caída
Flutuando, porem derradeiras
Pedras tocam o solo e as feridas
Fechando-as, pois são de novo abertas.
26/07/1970
Tony-poeta
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