quinta-feira, 24 de outubro de 2013

FERIDAS

FERIDAS



Vestidos de aranhas e escorpiões                     

As sombras caminham mansamente  
Tom sinistro da fumaça de vulcões
Incertos de serem ou não incandescentes.
As formas desfiladas em ferrões
Envenenando-se mutuamente
Ecos tristes de outras sensações
Espectros deslizando sem poente.
Choro negro de cores falecidas
Montes desfilados em pedreiras
No meio da encosta, a caída
Flutuando, porem derradeiras
Pedras tocam o solo e as feridas
Fechando-as, pois são de novo abertas.

26/07/1970
Tony-poeta





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