terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ETERNIDADE

ETERNIDADE


Aquele que não crê em uma vida futura, nem em um pensamento holístico, julga-se imortal.
Como imortal não tem de prestar contas a ninguém, ele mesmo se basta.
É exatamente aí que comete todas as barbaridades, tentando burlar a sociedade a que pertence. O único castigo que lhe pode ser imputado é o das leis humanas.
Como o simbólico está vago, aquele lugar onde entraria Deus ou a Natureza, e na impossibilidade do vivente abandoná-lo, a solução é substituí-lo pelo Capital.
Como o Registro simbólico é o mesmo da fala e por metonímias sempre leva a um novo registro de maneira inesgotável, a “religião” do dinheiro ou capital nunca se completa, sempre inflando, buscando cada vez mais.
É neste momento que ele se torna individualista, abandona completamente a ética e deixa de existir a alteridade; sendo o Outro um objeto qualquer a seu dispor.
Há necessidade de novas formas do Registro simbólico, caso contrário a humanidade corre sério risco de auto-extinção.
O dono do capital também morre.

17/12/13

Tony-poeta

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