ETERNIDADE
Aquele
que não crê em uma vida futura, nem em um pensamento holístico, julga-se
imortal.
Como
imortal não tem de prestar contas a ninguém, ele mesmo se basta.
É
exatamente aí que comete todas as barbaridades, tentando burlar a sociedade a
que pertence. O único castigo que lhe pode ser imputado é o das leis humanas.
Como o
simbólico está vago, aquele lugar onde entraria Deus ou a Natureza, e na
impossibilidade do vivente abandoná-lo, a solução é substituí-lo pelo Capital.
Como o
Registro simbólico é o mesmo da fala e por metonímias sempre leva a um novo
registro de maneira inesgotável, a “religião” do dinheiro ou capital nunca se
completa, sempre inflando, buscando cada vez mais.
É neste
momento que ele se torna individualista, abandona completamente a ética e deixa
de existir a alteridade; sendo o Outro um objeto qualquer a seu dispor.
Há
necessidade de novas formas do Registro simbólico, caso contrário a humanidade
corre sério risco de auto-extinção.
O dono
do capital também morre.
17/12/13
Tony-poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário