quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

MAS QUE CALOR!

MAS QUE CALOR!
imagem google


Até que a ida, ao nascer do sol, ao meu trabalho em Bertioga foi suportável. O pior de tudo foi à volta ao Guarujá, o sol estava escaldante.
Já na balsa liguei o rádio: - Sensação térmica de 45º em Porto Alegre!
Pensei com meus botões:- O sul recebe vento dos pólos, o Pólo Sul deve estar pegando fogo!
Segui pela bucólica estradinha. Há um quilometro havia uma equipe de voluntários oferecendo um copo de água gelada aos motoristas. Gostei da ideia, peguei um copinho. Esta gentileza repetiu-se de quilometro a quilometro.
Cinco quilômetros andados e me deparo com uma espécie de lava – rápido que ocupava as duas pistas e borrifava água nos carros. Explicaram que era para diminuir o reflexo de calor da Zona crítica. Não explicaram o que era tal zona.
Passado o banho do automóvel, o calor estava infernal. Isto foi o que me motivou atribuir os tridentes que substituíam as placas de sinalização.
Comecei a me preocupar, quando uma imensidão de cactos retirantes começou a se alojar no acostamento, como que fossem fazer um campo de refugiados. Parecia até que era uma mudança.
Logo a seguir notei que os cães do caboclo Leonardo se reuniram e estavam tentando ladrar que nem os Chacais; até levantavam as orelhas para dar autenticidade à função. E os urubus, em grande numero na região, começavam a tomar a postura de abutres.
Quando vi os cavalos do velho Justino se encolher e formarem corcovas, que nem os camelos tive a certeza da mudança do clima.
Ao pegar mais um copo do gelado líquido achei estranha a roupa da moça que o oferecia. Logo identifiquei: Ah! Uma odalisca.
Minha dúvida aumentou: - Será que ainda tenho o apartamento? Será que estou morando numa tenda árabe?
- Até que seria bom, pensei comigo. Chegaria à tenda e seria recebido por um grupo de alegres Odaliscas executando a dança do ventre. Outras dariam todo o tipo de caricia e me acomodariam a mesa de pratos Árabes que adoro. Frutas e bebidas geladas, um som reconfortante ao fundo, muita paz...
Foi quando um bando de beduínos deu uma batida na estrada. Estavam motorizados e tinham o distintivo da PM. Separou quem não era do local e retiveram os intrusos: motos e carros. Felizmente tive passagem e logo mais, já em meu apartamento, sem nenhuma alteração, corri a geladeira.
23/01/14
Tony-poeta



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