sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

CERTO OU ERRADO; ACEITÁVEL OU NÃO ACEITÁVEL?

CERTO OU ERRADO; ACEITÁVEL OU NÃO ACEITÁVEL?


É muito difícil definir o que é certo ou o errado numa sociedade. A jurisprudência é impositiva: Não pode matar, é assassinato!  Mas, a mesma jurisprudência condena criminosos a morte em alguns países, mesmo sem poder matar; seguindo o mesmo raciocínio, o País faz guerra e, mata, provoca um montão de refugiados que poderão morrer de fome e não os deixa entrar na Nação agressora e chega mesmo a virar o barco dos fugitivos. Outros Povos, como o nosso, a policia mata mais do que nas guerras e assim por diante. Tudo a sombra de uma lei impositiva que é Proibido Matar.
Seria mais correto dentre nosso raciocínio usar os termos: aceitável e não aceitável. O mesmo nos abre uma gama muito maior daquilo que pode ou não ser correto. Vejamos:
Certa empresa, burlando a lei que exige que qualquer mudança no produto seja divulgada ao público, resolve diminuir dez por cento do seu produto. Apenas muda a embalagem com o peso atual, sem nenhum destaque. Portanto em fragrante transgressão. Do ponto de vista jurídico caberá uma multa, que gerará um recurso e será paga ou não dependendo da oratória do órgão fiscalizador e a do transgressor perante o juiz. Demanda que acontece desde a Atenas dos filósofos.
Vamos imaginar o que acontece com a população: De inicio a transportadora levando dez por cento a mais de caixas pelo mesmo preço achara não aceitável, já a agencia de criação que modificou a embalagem, a empresa de embalagens que tiveram seus ganhos e os Super Mercados que tiveram uma folga de espaço julgaram a medida aceitável.
Na população que se divide entre os pró capital e naqueles com restrições ao mesmo capital a divisão será de inicio mais visível. Os pro capital alegarão que o peso foi mudado na embalagem e quem comprou tinha que ler, portanto aceitável. Já os contrários alegarão má fé e logicamente inaceitável. Teremos dois grupos aparentemente definidos. Não para por aí.
No grupo que aceitou, vamos supor que certo senhor leve para casa o produto adulterado, e a receita do prato que a esposa preparava não deu certo. Vendo a embalagem, ela atribui a esta falha do prato a quantia faltante e acusa o marido que não avisou. No final da demanda do casal, a esposa vence e o aceitável passa a não aceitável.
No outro grupo, um dos que não aceitava recebe um trabalho para efetuar as modificações da embalagem. Chega à casa contente, o aporte a mais de dinheiro deixa toda a família feliz, o não aceitável passa a ser bem vindo e, portanto aceito.
Esta classificação, menos rígida que o certo ou errado jurídico tem a vantagem da maleabilidade. Certa hora a sociedade em sua maioria aceita e em outras rejeita. Muito mais adequada com a inconstância da sociedade humana.
É lógico que o fabricante não ira repor o que tirou. Os radicais mudam de produto, se houver outro e os conformados continuam a mesma coisa. Apenas vemos que:
A sociedade age por momentos sem nada definitivo e podemos dizer que somos um jogo inconsistente de idéias desencontradas, o que gera a motivação do viver.

Tony-poeta
07/02/14




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