CERTO OU ERRADO;
ACEITÁVEL OU NÃO ACEITÁVEL?
É
muito difícil definir o que é certo ou o errado numa sociedade. A jurisprudência
é impositiva: Não pode matar, é assassinato! Mas, a mesma jurisprudência condena criminosos
a morte em alguns países, mesmo sem poder matar; seguindo o mesmo raciocínio, o
País faz guerra e, mata, provoca um montão de refugiados que poderão morrer de
fome e não os deixa entrar na Nação agressora e chega mesmo a virar o barco dos
fugitivos. Outros Povos, como o nosso, a policia mata mais do que nas guerras e
assim por diante. Tudo a sombra de uma lei impositiva que é Proibido Matar.
Seria mais
correto dentre nosso raciocínio usar os termos: aceitável e não aceitável. O
mesmo nos abre uma gama muito maior daquilo que pode ou não ser correto.
Vejamos:
Certa empresa,
burlando a lei que exige que qualquer mudança no produto seja divulgada ao público,
resolve diminuir dez por cento do seu produto. Apenas muda a embalagem com o
peso atual, sem nenhum destaque. Portanto em fragrante transgressão. Do ponto
de vista jurídico caberá uma multa, que gerará um recurso e será paga ou não
dependendo da oratória do órgão fiscalizador e a do transgressor perante o juiz.
Demanda que acontece desde a Atenas dos filósofos.
Vamos imaginar
o que acontece com a população: De inicio a transportadora levando dez por
cento a mais de caixas pelo mesmo preço achara não aceitável, já a agencia de
criação que modificou a embalagem, a empresa de embalagens que tiveram seus
ganhos e os Super Mercados que tiveram uma folga de espaço julgaram a medida
aceitável.
Na população
que se divide entre os pró capital e naqueles com restrições ao mesmo capital a
divisão será de inicio mais visível. Os pro capital alegarão que o peso foi
mudado na embalagem e quem comprou tinha que ler, portanto aceitável. Já os contrários
alegarão má fé e logicamente inaceitável. Teremos dois grupos aparentemente definidos.
Não para por aí.
No
grupo que aceitou, vamos supor que certo senhor leve para casa o produto
adulterado, e a receita do prato que a esposa preparava não deu certo. Vendo a
embalagem, ela atribui a esta falha do prato a quantia faltante e acusa o
marido que não avisou. No final da demanda do casal, a esposa vence e o aceitável
passa a não aceitável.
No outro
grupo, um dos que não aceitava recebe um trabalho para efetuar as modificações
da embalagem. Chega à casa contente, o aporte a mais de dinheiro deixa toda a família
feliz, o não aceitável passa a ser bem vindo e, portanto aceito.
Esta classificação,
menos rígida que o certo ou errado jurídico tem a vantagem da maleabilidade.
Certa hora a sociedade em sua maioria aceita e em outras rejeita. Muito mais
adequada com a inconstância da sociedade humana.
É lógico
que o fabricante não ira repor o que tirou. Os radicais mudam de produto, se
houver outro e os conformados continuam a mesma coisa. Apenas vemos que:
A
sociedade age por momentos sem nada definitivo e podemos dizer que somos um
jogo inconsistente de idéias desencontradas, o que gera a motivação do viver.
Tony-poeta
07/02/14
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