sábado, 22 de fevereiro de 2014

SAIDINHA DE BANCO DÁ LUCRO AOS BANCOS

SAIDINHA DE BANCO DÁ LUCRO
AOS BANCOS



Um familiar foi postar uma correspondência. Nos Correios não são aceito Cartões de Crédito. Ofereceu R$ 100,00 reais em uma nota ao caixa e este não tinha troco. Procurou e achou entre moedas o montante. Um fato corriqueiro? Nem tanto.
Ao sair reparou em duas pessoas aguardando. Ficou com medo voltou tensa a sua residência. Medo de ser assaltada e a pior, agredida pela quantia que portava.
No dia anterior num jornal da televisão a matéria era sobre saidinha de Banco e a Apresentadora informara, com aquela cara de preocupação treinada e convincente que não deve se andar com dinheiro.  Se sacar duzentos reais de um banco estará o correntista sujeito a ser assaltado. Ou seja, espalhando pânico e medo na população.
Realmente o uso de cartões de banco predomina no comercio, sendo poucas as pessoas que trazem dinheiro em gênero ou cheques. Em serviços públicos, como no caso, os Correios e Pedágios o dinheiro ainda é exigência, fora isto é raro o estabelecimento que não trabalhe com cartões.
O interessante é que os bancos cobram uma taxa administrativa pelo uso do dinheiro de plástico, cobrada do comerciante. Esta taxa chega a 5% do valor da operação em pequenos estabelecimentos, ou seja: Toda operação no comercio reverte uma comissão aos bancos. Uma tarifa muito alta.
A prevenção por este tipo de crime pertence a cada Estado e as medidas são tímidas e insuficientes: Não falar ao celular, isolamento de caixas e para por aí. Não é vista ação de Inteligência Policial, ficando o fato a vigilância da PM, uma policia cuja função é o combate, ou no caso de ser roubado, a simples elaboração de um inócuo Boletim de Ocorrência, desacreditado pela população por poucos resultados e muita perca de tempo.
Há alguns anos atrás, foi abolida a CPMF por se julgar extorsiva a cobrança de menos de 0,1% nas transações. O comercio tinha incidência de uma parte do tributo. A imprensa agiu com enorme indignação, apoiando o fim da referida oneração, dando a impressão que defendia o consumidor pela cobrança de um imposto. A taxa foi abolida e o dinheiro deixou de ser repassado a saúde, finalidade da cobrança. 
Diferente da CPMF não houve indignação por parte do apresentador da falta de segurança, apenas a orientação: Não Use dinheiro e sim cartão.
É lógico que a taxa cobrada do comerciante é embutida no preço, inflacionando o produto, o medo é um elemento bem estudado em sociologia atualmente e representa uma maneira de dominação da população e um motivo de revolta quando esta é incitada, portanto inadequada para uma sociedade democrática.
Parece que o Sistema não está preocupado com a questão, uma vez que a televisão orienta de maneira que a culpa caia sobre o portador do dinheiro, e o banco aufere lucro com o uso do cartão e a prática continua com os assaltantes agindo impunemente. Quem lucra é o banco, a imprensa ganha os anúncios e, a sociedade fica com medo e por fim perde o fruto de seu trabalho a um meliante. Alguma coisa está errada.

22/02/14
Tony-poeta



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