SAIDINHA
DE BANCO DÁ LUCRO
AOS BANCOS
Um familiar foi postar uma correspondência. Nos Correios não são
aceito Cartões de Crédito. Ofereceu R$ 100,00 reais em uma nota ao caixa e este
não tinha troco. Procurou e achou entre moedas o montante. Um fato corriqueiro?
Nem tanto.
Ao sair reparou em duas pessoas aguardando. Ficou com medo
voltou tensa a sua residência. Medo de ser assaltada e a pior, agredida pela
quantia que portava.
No dia anterior num jornal da televisão a matéria era sobre
saidinha de Banco e a Apresentadora informara, com aquela cara de preocupação
treinada e convincente que não deve se andar com dinheiro. Se sacar duzentos reais de um banco estará o
correntista sujeito a ser assaltado. Ou seja, espalhando pânico e medo na
população.
Realmente o uso de cartões de banco predomina no comercio, sendo
poucas as pessoas que trazem dinheiro em gênero ou cheques. Em serviços
públicos, como no caso, os Correios e Pedágios o dinheiro ainda é exigência,
fora isto é raro o estabelecimento que não trabalhe com cartões.
O interessante é que os bancos cobram uma taxa administrativa
pelo uso do dinheiro de plástico, cobrada do comerciante. Esta taxa chega a 5%
do valor da operação em pequenos estabelecimentos, ou seja: Toda operação no
comercio reverte uma comissão aos bancos. Uma tarifa muito alta.
A prevenção por este tipo de crime pertence a cada Estado e as
medidas são tímidas e insuficientes: Não falar ao celular, isolamento de caixas
e para por aí. Não é vista ação de Inteligência Policial, ficando o fato a
vigilância da PM, uma policia cuja função é o combate, ou no caso de ser
roubado, a simples elaboração de um inócuo Boletim de Ocorrência, desacreditado
pela população por poucos resultados e muita perca de tempo.
Há alguns anos atrás, foi abolida a CPMF por se julgar extorsiva
a cobrança de menos de 0,1% nas transações. O comercio tinha incidência de uma
parte do tributo. A imprensa agiu com enorme indignação, apoiando o fim da
referida oneração, dando a impressão que defendia o consumidor pela cobrança de
um imposto. A taxa foi abolida e o dinheiro deixou de ser repassado a saúde,
finalidade da cobrança.
Diferente da CPMF não houve indignação por parte do apresentador
da falta de segurança, apenas a orientação: Não Use dinheiro e sim cartão.
É lógico que a taxa cobrada do comerciante é embutida no preço,
inflacionando o produto, o medo é um elemento bem estudado em sociologia
atualmente e representa uma maneira de dominação da população e um motivo de
revolta quando esta é incitada, portanto inadequada para uma sociedade
democrática.
Parece que o Sistema não está preocupado com a questão, uma vez
que a televisão orienta de maneira que a culpa caia sobre o portador do
dinheiro, e o banco aufere lucro com o uso do cartão e a prática continua com
os assaltantes agindo impunemente. Quem lucra é o banco, a imprensa ganha os
anúncios e, a sociedade fica com medo e por fim perde o fruto de seu trabalho a
um meliante. Alguma coisa está errada.
22/02/14
Tony-poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário