FUTURO PARAÍSO
Estava fazendo uma
pesquisa [séria] sobre religiões. Descobri que o final é sempre o mesmo: um
mundo perfeito [na opinião dos autores].
Como Benjamin falou
que o Capitalismo é uma religião, descobri que o apogeu do mesmo seria uma
sociedade onde os robôs fariam tudo [substituindo de certa forma os anjos] e receberíamos
tudo sem nenhum esforço. [oito bilhões? Sem apocalipse? As guerras seriam obrigatórias]. Mesmo assim,
Ótimo!
Já que nada teríamos a
fazer, o mundo utópico capitalista seria um bacanal. Bacana! Diferente do mundo
religioso onde anjos não têm sexo ou são hermafroditas.
Pensando bem, não
haveria sexo no mundo eterno capitalista, sexo depende de desejo e se temos
tudo, nada se deseja. [igualou tudo].
Com mais atenção vi
que este mundo seria assim:
Assexuado.
Não teríamos o que
conversar com os outros, o dialogo implica em dúvidas e esclarecimentos; lá
todo mundo saberia igual. Portanto todo mundo calado. Nem aquele papo de fila única
do supermercado que quando tem três caixas e vinte pessoas e uma está colocando
credito no celular acontece. [não teria nem supermercado, nem celular, nem
gerente para reclamar e ninguém entra em fila, tudo iria direto para casa.]
Não teria criança
fazendo gracinhas ou quebrando vasos. Sem sexo, sem crianças!
Ninguém teria
necessidade de caminhar, [caminhando se tem novas idéias] já que todos são
perfeitos e o corpo não adoece. No mundo do capitalismo poderia acontecer que o
computador enferrujasse ou adquirisse um vírus, mas o Pronto Socorro cibernético
certamente teria seus Voltarem da vida e os próprios robôs levariam até ele.
Olhar a paisagem não
teria graça, a mente superdotada sabe tudo que está no redor.
Livros:
desnecessários, saberíamos tudo! Ninguém lê.
Música: monótona! A música
ativa o raciocínio e o desejo; não precisaríamos pensar e não haveria desejos.
Concluindo: Se lá
estivesse, procuraria uma máquina do tempo [na modernidade deve ter uma] e
voltaria correndo para a imperfeita terra.
03/03/14
Tony-poeta
Imagem Google
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