domingo, 9 de março de 2014

O ATAQUE

O ATAQUE


Cheguei em casa não era muito tarde, todos já estavam dormindo, até o cachorro. Realmente a noite convidava a dormir, estava escura e de tempo em tempo um clarão de algum relâmpago distante iluminava todo o ambiente.
Resolvi não fazer barulho, levei o notebook para o terraço, abri um espaço retirando o cinzeiro que mora lá e acionei a maquininha. Abriu normalmente e o relógio marcava meia noite.
Deixei-a ligada, fui tomar um copo de refrigerante e voltei. Notei a tela estranha, a mesma se encontrava escura e uma sombra mais clara apresentava um animal em movimento. Olhei com mais atenção: Era um cão negro de olhos vermelhos penetrantes, aliás, muito penetrantes parecendo me olhar. Neste instante clareou o aposento. Tentei raciocinar: O descanso de telas já devia ter se esgotado pelo tempo que saí. Nada novo tinha acrescentado ao aparelho.
Enquanto pensava do lado direito da tela saiu uma luzinha azul, muito brilhante e se dirigiu ao animal. Um movimento estranho ocorreu e o animal e a bolinha sumiram.
Pensei:- Estou tendo visões, fui iniciar o programa quando do canto superior direito apareceram três sombras de mulher. Deviam ser bonitas, mas quanto mais se aproximavam, mais deformadas ficavam, com a boca se movimentando como que jogando pragas ou qualquer coisa ruim.
Novamente a bolinha azul apareceu; desta vez do canto esquerdo inferior da telinha, quase simultaneamente com outro clarão. Houve intensa movimentação e tudo desapareceu e o monitor novamente ficou negro.
- Realmente devo estar cansado, pensei. Fui iniciar o trabalho e novamente sobre o fundo negro formou-se sombras de cruzes quebradas e vultos saindo de valas como morto vivo. Novamente a luzinha azul veio em socorro e saindo da parte superior da tela, bem ao centro travou uma batalha. Demorou, já que o clarão da noite apareceu por duas vezes.
Não conseguia pensar e muito menos raciocinar, tudo era estranho, aterrorizante, na tela a luta era árdua, ora os tocos das cruzes eram arremessados, ora enterrados e as sombras corriam pela tela ininterruptamente, com oscilações de cinza sobre o negro e de vez em quando olhos vermelhos pareciam querer me atacar.
Súbito tudo se normalizou. Olhei desconfiado. Qual seria a nova fase?
Apareceu um quadro vivo, com predominância azul e uma voz falou:
- A VERIFICAÇÃO DE VIRUS ESTÁ CONCLUIDA, NENHUMA AMEAÇA.

09/03/14
Tony-poeta
Imagem Google


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