segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A ORDEM É NÃO POUPAR


 
imagem Google
A ORDEM É NÃO POUPAR.

Hoje chegou um comunicado bancário pelo correio, diminuindo meu limite de cheque especial. Fiquei preocupado, nunca em toda minha vida mantive minha conta tão equilibrada, inclusive com alguns trocados para possível emergência.  Nunca tinha sido assim em minha vida, sempre fui descontrolado com dinheiro. Imaginei que pudesse ter esquecido algum pagamento, coisa não habitual no meu modo de ser, ou que algum aval pudesse não ter sido pago.
Consultei outro banco e: ficha limpa sem nenhuma restrição. Fiquei curioso; foi quando lembrei do livro do Bauman “Capitalismo Parasitário “que estava na lista de espera para futuras leitura, sempre folheio e leio as orelhas antes de colocar na fila. Abri o livro, era ele a solução a minha dúvida.
Confesso que fiquei preocupado ao correr o livro, aliás um livro que recomendo: curto, com noventa páginas, tipo grande, creio que 14. No livro está bem claro: O Capital quer que tenhamos dividas e não poupanças.
Começa discorrendo sobre uma frase de Soros, onde este afirma que o Sistema Financeiro funciona formando bolhas de consumo, sem nenhuma preocupação se estas estourem; neste caso os Governos [de todas as Nações] terão que socorrer [com dinheiro do contribuinte] para pagar os altos funcionários [no caso salafrários agindo de má fé], bem como os acionistas que não podem ficar sem seu Capital.
O esquema de ganho e dominação funciona pela dívida. O excesso de ofertas e o descarte continuo de coisa úteis obriga o cidadão, para se manter socialmente engajado a entrar em continuas dividas, que mesmo que não pague, não tem importância. Podem ser renegociadas desde que continue a sustentar o parasitário sistema financeiro com suas ofertas mágicas, que vendem inutilidades como moda e favorecem o descarte com prejuízo ao Planeta, coisa que não estão preocupados.
Entendi então uma propaganda de venda de veículos numa grande empresa, onde afirmavam que até duas restrições ativas no Serasa, não impedia que se adquirisse seu novo carro; ou o Banco X, que comprava a sua dívida de outro banco e ainda lhe adiantava uns trocos para as despesas mais urgentes. O importante é dever para o sistema.
O País por sua vez tem que fornecer a mão de obra adequada ao capital e ampara-lo quando necessário, sempre sob sua tutela. O Banco Central independente, na verdade é independente do governo, isto é: do povo. A taxa de juros, a Selic, é pressionada pelos banqueiros e por seus representantes [onde estes investem em propaganda], isto é a imprensa. Este fato torna compreensível a inconformidade do ex-vice-presidente José de Alencar, que não se conformava com as decisões da entidade.
Reafirmo que recomendo o livro, afinal vi que estava errado. Como posso não ser devedor? Tinham mesmo que cortar meu crédito pela minha insubmissão e, certamente brigar com este governo que quer ser independente. Leiam o livro.

Tony-poeta
18/08/2014



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