BILHETE NA CALÇADA.
- Eu TE amo!
Dizia o papel que
pela calçada rolava.
Apenas: - Eu Te amo!
Três palavras
Que na sequencia
plena
Tudo falava.
O bilhete
Já marcado pelo
tempo...
[Talvez há dias ao
relento]
Letras de mulher
desenhadas
Com todo capricho e
vigor
De uma jovem
apaixonada.
Tocou em meu ser, bem no fundo,
Eu, que andando
neste mundo
Procurando não sei o
quê
Tal declaração
marcava
Um rumo a caminhada
Uma ânsia de viver.
Quem será o ingrato
Que desprezou tal
juramento?
- será que o perdeu
por acaso,
Quem sabe num ato
tresloucado
Num momento de
tormento
Que esqueceu a amada
E caminhou no
sofrimento?
Nesta paixão tão
declarada
Será que o amante
chorou...
Talvez a amada,
Sentindo-se
desprezada
Neste ato
inconsequente?
Será que cada um dos
caminhos
Para se cruzarem
tenham espinhos,
Vendas nos olhos
E, choros
inconsequentes?
O papel tremeu em minhas
mãos:
- Será que neste
mundo
Existe o caminho da
emoção
Longe da balburdia
da cidade?
Olhei bem:
Este papel pequenino
Tinha um certo
destino
Que a mim não
pertence,
Uma declaração de
amor
Tão sincera e
ardente
Não pode ser trocada
Por um transeunte na
calçada.
Joguei a mensagem
De volta para a rua:
- ele que busque seu
destino,
E satisfaça o amor
Da musa apaixonada.
08/11/2014
www.tony-poeta.blogspot.com
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