O IDOSO E SUAS FALAS
Tudo são palavras, nem só o linguajar fala, mas seus atos, gestos e atitudes pertencem a uma linguagem. Tem um significado e é passível de decifração.
Todos falamos por gestos, posturas e atitudes, mesmo nossa linguagem esconde mensagens muitas vezes opostas àquilo que queremos dizer.
Se no jovem e no adulto há muitas vezes necessidade de se decifrarem os significados, muito mais se torna difícil entender o idoso. A mímica é lenta e os valores outros. Normalmente a família não o compreende e se irrita, fica muitas vezes perdidas e impotentes e desorientada no seu contato, mas se esta atitude se repete, se torna fixa, leva a angústia e desespero o interlocutor atônito. Nesta hora a incapacidade de compreensão passa a ser chamada esclerose, o nosso não entender transforma a dificuldade de linguagem em doença.
Esta idioma é traduzível, seu significado na maioria das vezes é simples e o mero fato de ser decifrada leva a mudança de atitude do idoso e, aquela rebeldia simplesmente se desfaz e desaparece.
Para tratar um idoso, antes de procurar um clinico brilhante portador de toda sapiência, o que não é certeza de uma cura; primeiro devemos entender a linguagem, olhar cada gesto, cada expressão, cada atitude para ver o que ele está nos dizendo, o que o está incomodando e o que o preocupa. É a partir desta conversa simbólica, com o entendimento dos signos representados, que pode se estabelecer um contato frutífero com compreensão mútua.
A partir daí tudo fica fácil, os gestos transformados em palavras plena e conscientes, além de nos dar os sintomas, a simples compreensão dissipa muitas queixas e se restar alguma coisa ainda a doença pode ser corretamente medicada.
A cura do idoso muitas vezes vem apenas do simples entendimento. É através dos signos desta linguagem muda, que podemos dar conforto àqueles em que os anos se avolumaram formando cicatrizes no decorrer da vida, que encobriram a fala e só restou o corpo para se comunicar.
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