quinta-feira, 26 de junho de 2025

O LIXÃO








O LIXÃO


 e

LIXÃO
Atrás do lixão o ser fica isolado, ninguém o vê ou escuta a sua fala triste. O mesmo olha e meneia a cabeça, desconsolado: o ser não consegue conversar com o homem.
O humano pensando passear solto em seu livre arbítrio e, julgando-se o mais alto grau de inteligência não entende como não consegue contatar o ser, não consegue vê-lo; já que entre os dois, o campo está povoado de rejeitos de sonhos frustrados, pensamentos inúteis, fracassos de empreitadas ainda não começadas, de dor e tristezas nascidas de enganos, orgulho e megalomania.
O campo de destroços é uma barreira, alta, compacta, fétida e triste, com pedaços jogados de sonhos passados como ferro-velho, exposto ao tempo e intempéries perdendo formas e tornando-se desconhecido, nem de leve lembrando o viço da tentativa de vitória e do vigor da conquista.
O homem não busca o ser, continua no dia a dia jogando trastes que impedem o caminho.
Caminha pensando ser livre e o ser olha condoído o andar sem rumo.
Tony-poeta
26/06/13

curruíra mar

 curruira mar








Corruíra falou:
Toda agua vai ao mar
Depois retorna a praia
Sobre as ondas
A dançar

Tony-poeta.

respingos de amar

 




respingos de amar



A noite chorosa
A noite chorosa
Faz a manha gostosa
De quem quer sonhar
Na dança dos pingos
Respingos de amar.
Tony-poeta.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

caldeirão do Universo

 CALDEIRÃO DO UNIVERSO





Não sou diferente
nem do vírus de RNA
nem do sol,
sou apenas um movimento,
tão breve que passa despercebido.
Em novo mimetismo,
nova metamorfose
terei nova forma,
sempre transitória,
seguirei rumo ao infinito,
o infinito das formas.

Agora,
sou apenas uma forma
que fala em versos livres,
acreditando ser livre, 
mas sendo apenas efeito
do caldeirão do Universo.

Tony-poeta
10\07\2016