domingo, 19 de agosto de 2012

FUTURO


FUTURO



Meu futuro no planeta é certo. A não vida vem independente de qualquer artifício.  Mas o homem no planeta? Os três genes que coloquei de continuidade? Terão eles quanto tempo de permanência nesta vida transitória e, rápida que temos?

A preocupação é real. Vivemos numa alucinação de isolar o planeta de nosso dia a dia. Cada vez mais, substituímos a área verde das cidades por concreto. Os filmes de ficção começam a tomar forma; onde o verde outrora abundante será substituído por uma pequena estufa envidraçada, semelhante a um pequeno aquário, que sadicamente colocamos na sala confinando os viventes peixes ornamentais. Esta estufa talvez se torne o único ambiente verde de nossa moradia ao lado do presidio dos peixes.

Os insetos, que formavam nuvens em todos os lugares, já não mais habitam as cidades. Na manifestação neurótica de governantes, imprensa e população, foi envenenado todo o redor das residências e além do mosquito transmissor de doenças, assassinaram todos os insetos e pequenos pássaros que ali habitavam. É cada vez mais raro encontrar um besouro, uma joaninha, uma lagartixa e outras formas de vida. Envenenaram o nosso contorno.

A área rural, cada vez mais química, é mantida à custa de adubos e também inseticidas. As frutas e verduras não mais tem gosto, apesar de uma padronização de sua apresentação, para agradar o mercado. Será que o valor de nutrientes, sais minerais e vitaminas é o mesmo nesse produto insonso?

As doenças respiratórias: Asma e rinite aumentam a olhos vistos, enquanto o numero de automóveis e caminhões se multiplicam, aspergindo vapores de petróleo no ar. Não se lê nenhuma critica ao uso indiscriminado do Petróleo e, sua exploração com acidentes reais e frequentes. Como a ignorância é total, não se sabendo se esta camada tem alguma função para equilíbrio das camadas superficiais do planeta. O óleo continua a ser extraído, agravado pelas bombas possantes que abalam o subsolo, nas disputas das áreas onde se encontram as jazidas. [Os terremotos, que ai ocorre com frequência cada vez maior: é atribuída a natureza e, os governos que providenciem um estudo de prevenção de Catástrofes Naturais.].

Ontem, em quanto comia um lanche, vi na televisão da restaurante o novo culpado do planeta: O Sol! Sabe: ele dá câncer de pele. O Jornalista, mais dois médicos orientavam como nos devíamos proteger deste grande vilão. Diziam o seguinte:

Use um chapéu largo, como sombreiro mexicano, para sair à rua. Esta cobertura não pode ser vazada, pois atravessam raios. [Apresentou os modelos de “grife” de chapéus femininos, dentro da moda]. Além disso, deve se passar um protetor para a face, outro para os membros e mãos, mais um para os lábios e, os sardentos devem evitar sair de casa de dia, pois a probabilidade de ter câncer é maior.

Certamente, em pouco tempo construiremos uma redoma encobrindo as cidades, como nos filmes e, nos preocuparemos em prevenir os demais canceres que existem, sob os protestos dos moradores rurais desprotegidos.

Os ficcionistas estão corretíssimos. Se passar para a não vida é uma certeza, o não mundo é uma realidade buscada atualmente.  Pobre de meus genes espalhados!



19/08/12

Tony-poeta





  

Nenhum comentário:

Postar um comentário