segunda-feira, 11 de junho de 2012

A INTOLERANCIA

Imagem Google

A INTOLERÂNCIA


Ou, como se arraigou o etnocentrismo.




Em A Tribuna, um bom jornal de Santos- São Paulo, na edição de ontem, portanto edição de domingo, uma matéria e meia página, pagina sete me preocupou. Dizia:

DOCE, JAMBOLÃO AMARGA AS VIDAS DE TAXISTAS. Leva a assinatura de Fernando de Santis.

A matéria em resumo é o seguinte. O Jambolão, árvore originária da Indonésia, foi usado no paisagismo de Santos. O fruto conhecido como Jambolão ou Jamelão, entre outras denominações, é muito doce e frutifica de janeiro a junho. Esta característica atrai pássaros e morcegos, que passam habitar a árvore, que é frondosa, e ali se alimentam. O grande problema da reportagem é que os habitantes fazem suas necessidades nas árvores e, ao comer os frutos estes caem. Tudo isto mancha a pintura do carro. Alem disso por ser gosmento alguma velhinha pode escorregar e cair [a árvore fica junto ao canal e é habito da população andar na calçada oposta ao canal, portanto não vai cair nenhuma velhinha.] A reportagem não sugere diretamente, mas induz ao pensamento que o Jambolão e seus habitantes estão atrapalhando e devem ser despejados.

Quero ressaltar que é mais fácil mudar o ponto do taxi um pouco para cima. Mas acho que eles querem a sombra sem defecações, folhas caídas e frutos. Se for de plástico eles provavelmente iriam adorar. Causa espanto tal matéria e seu destaque, sétima página é pagina importante em um jornal grande.

Vamos fazer uma analise: Dificilmente entre os taxistas estes não cuidem de um animal em casa, cachorro ou gato. Dizer que os mesmos são contra animais seria incorreto. Hoje, os cuidados que possuímos, com os pequenos animais de convivência, costuma ser próximo e amoroso.

A verdade é que o humano cada vez mais se isola e, ignora tudo que não lhe trás lucro imediato, incluindo outros humanos, natureza e objetos.

Após a expulsão do homem da terra, que se iniciou na Revolução Industrial, e este já se achando Dono da Natureza e, portanto no direito de dispor dela como achasse melhor; aja visto a matança de Índios nas Américas; O Brasil tem 0,17% de população indígena, os Estados Unidos 0,75%, e, com a ânsia de produzir em todos os terrenos férteis; o humano se voltou contra o restante da vida animal e vegetal. O numero de espécies em extinção, ou já extintas é preocupante.

A sociedade se fechou em um circulo familiar [aí pode entrar um animal e uma planta], sempre com riscos de se romper; poucos amigos pessoais; que poderão ser motivo de demandas judiciais por quaisquer mal entendidos, de contatos comerciais, sem vínculos afetivos; de amigos virtuais; portanto desconhecidos e o restante totalmente descartável e, se lhe for inconveniente de alguma forma, pronto a ser excluídos, não importando o método a ser usado. É o que sugere a reportagem citada.

Esta é uma típica sociedade de transição, em busca de um equilíbrio. Espero que o clamor deste pequeno grupo mais consciente, que tenta preservar a vida e a natureza, seja ouvido, antes que destruamos toda estrutura de vida do planeta e em consequência nossa espécie.

11/06/12














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