A NOITE NÃO DORME.
A noite
não dorme, nela nascem loucos, poetas, trovadores, fantasmas e assombrações.
Nascem com ela e a povoam.
A partir do por do sol o bandolim toca suas
notas, a dança começa cadenciada e vai se tornando vibrante. Quando a plenitude
das sombras atinge seu apogeu, se escuta um grito, o grito da noite. Ela acordou!
A noite
grita sonhos desfeitos e realizados, fantasias e sucessos, amor e morte. Grita!
Berra! No silencio dos ventos faz ecos nos ouvidos e, os dançarinos de modo frenético
se locomovem, declamam poesias, emitem blasfêmias, iniciam as guerras e
beijam-se com paixão.
O bandolim
continua seu trabalho, as estrelas cobrem os amantes de raios azuis, as nuvens
prenunciam chuvas nas desventuras.
A lua
olha e, por fim interfere. Sua mensagem ameniza a retumbância das notas; novas
harmonias respingam e tomam formas de imensidão, a dança acalma, os gritos e urros
tomam tons de sussurros, de esperança e amor, os loucos amam a lua vendo os
poetas fazerem versos, Os fantasmas e assombrações começam tomar forma de
fantasias e num festival de cores buscam o sol que está a raiar.
A noite
é a vida, outro dia é novo nascimento, nova história de lutas, dor e amor que
fará nascer em nova noite outra história, sempre diferente, pois a noite é
grito único, é o berro de exaltação da vida. É um berro de amor.
03/02/13
Tony-poeta
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