CAMINHAMOS
Caminhamos sobre pedregulhos pontiagudos que sangram nossos pés.
O caminho seco e poeirento ferve o sangue de nossas feridas sob o sol escaldante
Não há noite, não existem pausas nem instantes de descanso.
Caminhamos sempre, desde que recebemos a luz no mundo.
Mas, o que nos consola é o pesado saco que temos as costas,
Em cada ferida dos pés já cansados da jornada, jogamos o unguento do que queremos ser.
Mitigando a dor, o caminho de espinhos enche-se de cores hipnotizantes.
Seguimos em sonhos fantasiando amores
Até valsamos embalados, a cantar; como que o sonho e suas fantasias
Fossem na verdade a trilha correta
A rota perdida, o eterno buscar.
Tony-poeta.
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