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O AVARENTO NA ERA MODERNA
Gustavo gostava de dinheiro, e muito. Nos seus cinquenta anos, aprendeu a se programar para maximizar os lucros, como ele próprio dizia.
Aos vinte e cinco casou. Durou uma gestação, nove meses, não que a esposa não fosse compatível, mas descobriu que a despesa triplicava. Separou-se sem filhos. Continuou guardando.
Foi após o casamento que decidiu que sairia com mulher cada quinze dias, sempre com uma diferente; deste modo poderia:- Compatibilizar seus gastos, falava orgulhoso.
Hoje é organizado, tem boas roupas para trabalho e passeio; devidamente catalogadas e programadas. Ele mesmo cuida, não tem empregada. Mora em um pequeno apartamento próprio onde tem tudo organizado, inclusive a comida. Vive de um pequeno negócio, sem sócio, que proporciona um lucro suficiente para seus poucos gastos e sua gorda poupança. Até aí tudo normal, tem milhões de pessoas no mundo que agem desta forma.
O que começou a deixar encafifado foi o desodorante. Os antitranspirantes, já tinham sido abandonados; por ser caro, atuarem na camada de ozônio e, por mancharem o sovaco das camisas:- Além de dificultar a lavagem, diminuem sua durabilidade. Dizia ele. Usava só desodorantes sprays, destes que se aperta o tubo e sai o jato.
O fato de ter de usar duas vezes ao dia e o corpo ficar molhado na hora que o mesmo é aspergido, começou a alerta-lo quanto ao desperdício. –Se aproveitar esta quantia que umedece e molha minha pele, poderei usar uma vez só. Pensava ele.
Certo dia resolveu a questão; ficou feliz com sua descoberta econômica. Começou a passar o produto antes de colocar a camisa, e não com esta desabotoada e o liquido colocado entre os panos. Deste modo, vestindo a camisa, primeiro do lado avesso e, depois a colocando do lado certo, todo o liquido será aproveitado:- Dá para ser usado uma única vez ao dia! Exclamou triunfante.
No dia da descoberta, foi trabalhar radiante com a economia de R$ 3,95 que faria mensalmente.
09/09/12
Tony-poeta
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