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ROSA NO JARDIM
O sonhador
quer uma rosa no jardim. Não a roseira, que é um arbusto simples, mas a flor
que se destaca pela cor, aroma e graça. Não se cultivam roseiras, mas rosas e
seus coloridos graciosos.
A rosa
diz: Não me corte, e os espinhos nos alertam. Quem for colher as rosas pode se
furar nos espinhos. Na vida, como nas roseiras assim deve ser nosso
relacionamento.
As pessoas
como as flores são belezas que completam sua embalagem, o corpo, o sorriso, a
graça do andar e do falar pertencem a um todo. Fora dele, como uma rosa num
vaso, desmancham-se e fenecem. O que faz a vida é o conjunto.
Pais e
amantes tentam possessivamente cortar a flor de seu arbusto. Interferem no
falar, no vestir, no ouvir e no ser de quem amam como que quisessem mumificá-los.
Os imaginam eternos; fazendo-os ornamento da sala de visitas de seu pensar.
Todo objeto
colocado em um canto fica monótono, com o tempo perde o destaque que lhe é
próprio. A mensagem imóvel cansa: é do humano se cansar das coisas e buscar
novidades: é nossa característica.
O ser
moldado contra sua vontade perde a cor e o impulso de vida, amarelando. Fica
sem graça num canto esperando que o tempo lhe dê o triste tom desbotado de
passado.
A rosa
e os entes queridos são para serem olhados, pintados, fotografados, nunca
invadidos e arrancados de seu suporte, este é o que os alimenta e dá sua graça,
o aroma e cor que é a vida.
Cultive
rosa, mas não as arranque de se seus arbustos.
17/04/13
www.tony-poeta.blogspot.com
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