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Médicos cubanos
Acompanho
atenta a atual polemica da vinda de médicos cubanos e com pouco destaque os espanhóis
e os portugueses.
A
principio creio que: se faltam profissionais no momento dentro do país, e
existe todos estes municípios sem assistência; se anteriormente a assistência não
era prestada elas condições econômicas da Nação, o que atualmente não mais
impede; creio que falta de médicos tem sido motivo de muitas mortes evitáveis;
assim como a falta de alimentos onde já temos movimento para corrigir.
Em
medicina, medidas de urgência tem aplicação imediata, depois se verificam os
detalhes, portanto, sou a favor da vinda dos profissionais. O que deve ser discutido
é: Que tipo de profissional deve se dirigir a estas áreas em caráter definitivo?
A formação
médica é uma formação difícil, seis anos em período integral e dois anos no mínimo
de Residência Medica, para termos um profissional apto ao exercício pleno da
profissão. Com seis anos já é médico, mas necessita trabalhar inicialmente em
um serviço com pessoal experiente para poder desenvolver plenamente.
Como toda
profissão a medicina tem inúmeras correntes, com duas predominando. A primeira
que era a dominante quando me formei em1974, que chamávamos Medicina Francesa,
pela forte influencia que este país tinha na nossa cultura; onde prioriza um
exame físico demorado e detalhado, com pouca solicitação de exames. Por outro
lado temos a medicina de influencia americana, onde o exame físico é mais
rápido e a quantidade de exames alta.
Esta
predileção por exames complementares com o tempo faz com que o medico se sinta
inseguro sem eles, gerando uma medicina dependente de laboratórios clínicos e
de imagens.
Esta segunda
opção é impraticável em lugares muito distantes, além de necessitar de equipe
maior de profissionais, obrigaria a montagem de custosos laboratórios, onde não
há demanda e consequentemente teríamos desperdício de material, pessoal ocioso
preso em um lugar, acarretando carência em outros centros.
O correto
seria um plano de carreira, os locais distantes atenderiam o contato básico. Os
doentes de media e grande complexidade seriam encaminhados a centros mais
avançados, conforme a doença. Isto já tenta se fazer em grandes centros, sendo
de implantação muito demorada .
De inicio
necessitamos uma medicina tipo francesa, onde o medico com poucos recursos,
consegue examinando chegar a um diagnóstico. Necessita no máximo de um aparelho
de R.X.um microscópio, reativos para exames básicos, hemograma, malária,
glicemia e função renal e hepática. [existem kits no mercado]. Em termos de saúde
pública, um investimento barato.
As faculdades
de Medicina atuais também ensinam esta medicina, pois é a básica, mas acaba
dando ênfase a medicina laboratorial, que é o que o estudante vai encontrar na
prática. O próprio estudante caminha nesta direção.
Teremos,
portanto a necessidade de criação de um plano de carreira e um direcionamento no
ensino para preparar profissionais para esta realidade. São coisas demoradas,
como podemos ver.
A meu
ver a solução tem que ser dividida em duas etapas, aceitar os profissionais que
podem dar cobertura de imediato e, com todo tempo necessário aos arranjos
educacionais e políticos, preparar médicos e pessoal de apoio para manutenção
definitiva da assistência.
Não podemos
deixar a população faminta e doente só por morar em lugares ermos e retirados.
Tony-poeta
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