VIDA E MORTE
Hoje pensei
na morte,
Triste masoquismo
que carrego,
Todos carregam
sufocados
A morte
é minha companheira de trabalho
Às vezes,
muitas vezes, me embalo
A pensar
tristemente no ocaso.
Penso
que o que me mantem é o egoísmo
Um nome
que recebi de batismo
Que me
acompanha como vestimenta
Que eu
mudo no amor e nas tormentas,
Que eu
visto e me agasalho
Que completa
o sentido quando falo
Que sou
Antônio Carlos.
Este ego
creio eu que dissolvido
Será apenas
poeira
Poeira de
energia em revolução
Perdida
como pequena que é
Será distribuída
Na grande
evolução do universo,
O mesmo
que canto em meus versos,
Serei
apenas energia
Sem nome
nem identidade
Que misturado
no plasma do todo
Farei parte
da verdade
Que tudo
que vemos é força viva
Neste
retorno serei vida
Serei plasma
Este que
vai moldar
O caminhar
de todos os corpos
Que vagam
em direção desconhecida
Nascem e
morrem
Pois o
Universo é vida
Vida permanente
em formas variadas
Num objetivo
que ignoro.
Mas garanto
que não choro
Pois agora
não sou nada
Sou um
reservatório de sentimentos
De choro
e risos, de momentos
Que fazem
todo sentido
Mas não
dizem nada
Pois o Universo
realmente é a morada
Sou apenas
efeito divertido
Efeito transitório
e iludido
Que acho
que sou tudo
Que acho
que sou vivo
Sendo apenas
um lapso
Um momento
Da vida
que segue no firmamento.
05/09/2013
Tony-poeta
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