SOLIDÃO
Solidão
não é a ausência de pessoas a nosso redor, mas sim é a indiferença frente a
nossa presença.
Somos solitários
nas ruas das grandes cidades, no Metro superlotado, na fila do banco.
Conseguimos ser solitários até numa festa e num evento social; basta ninguém
nos notar, e mesmo entre pessoas nos agoniamos e temos vontade de sair, sumir.
Quando nos
arrumamos de manhã, tanto homens como mulheres, nos olhamos ao espelho,
esculpimos nossa feição, alguns até esboçam um sorriso. Temos de ser agradáveis.
As mulheres escolhem dez roupas e vinte sapatos até a combinação perfeita e
satisfação de seu gosto. Todos esperam ao chegar à calçada e encontrar alguém com
ar amistoso lhes dirigindo Bom Dia, com um sorriso e afeto.
Até o
ódio nos faz presente, pois como no amor nos faz notado. A solidão é a
companheira da indiferença, nela não existimos, não somos humanos, não há
trocas nem alteridade.
Solidão
é não estar, estando. Não pertencer em um local que nos é querido e familiar. É
uma ausência presente. Mesmo quando nos sentimos solitarios em nosso aposento,
não conseguimos visualizar outras pessoas a nosso redor, não há vida em nossa
volta.
Solidão
é a agonia do não ser.
07/06/13
Tony-poeta
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