BARBARELLA JÁ ERA!
Em l968 o filme Barbarella, com o símbolo sexual da época: Jane
Fonda foi um sucesso. Gerou acaloradas discussões, tanto pela beleza da
artista, como pela estranha maneira de realizar a relação sexual, onde o casal
encostando as palmas das mãos um no outro, tendo um “estrimilique” e pronto.
Sexo e orgasmo realizados
Hoje, não muito tempo depois a ciência avançou, muito rápido
diria eu. Hoje já é possível ter filhos sem contato nenhum, graças à
inseminação artificial; não há necessidade nem de encostar as palmas das mãos
como no filme.
Por outro lado, os romances virtuais com a internet já é uma
realidade. Não há necessidade nem da proximidade das pessoas para que se forme
um casal.
O filme, em breve, certamente seria no nosso próprio planeta e
não em um distante não localizável no espaço. Daria vazão a todo nosso egoísmo
e isolamento, bem como a nossa hipocondria: Dois seres virtuais se conheceriam,
contariam algumas piadas, e já estariam em relacionamento franco.
Cada um trabalharia em seu próprio domicilio; como já acontece
em uma porção de empresas. As paredes seriam de telas de plasma com imagens em
tamanho real e sem distorções dos interlocutores e abrangendo o local que cada
um se encontra no momento. Cada ser seria isolado, com contatos apenas
virtuais. O único contato físico com outras pessoas seria com o pessoal da
alimentação, que lhe entregaria pessoalmente o cardápio escolhido de modo
virtual e o pessoal da limpeza, composto por aqueles que não se adequaram
ciberneticamente e estrategicamente, e não foram expulsos da s cidades, por
serem necessários.
O relacionamento virtual, partiria as vias de fato por chips. O
homem e a mulher no momento que resolviam realizar o coito; acionariam um
dispositivo já programado, que pode ser um brinco ou um anel, e este
controlaria o tempo de excitação e de orgasmo, tudo acompanhado de imagens
selecionadas pelo internauta, de acordo com o que ele imagina e como os testes
sexuais orientam. Não há necessidade nem de se despir, coisa que seria
desagradável em frente ao parceiro virtual, a vida se transforma realmente em
um jogo de imagens.
Os parceiros iriam ficar em êxtase com a forma moderna de sexo,
além de ter o mesmo prazer, não teriam o inconveniente de sentir o corpo suado
e fedido do outro, não teriam nenhuma sujeira, bem com estariam isentos de doenças
sexualmente transmissíveis e viroses, estes problema de saúde pública pela alta
mortalidade em seres isolados.
Caso quisessem deixar descendentes, o homem colocaria um dispositivo
para recolher o sêmen, a mulher por vídeo retiraria o óvulo, acompanhada a
distancia, sem o absurdo de ser penetrada por mãos estranhas e, o material
seria imediatamente levado ao laboratório por um serviçal.
Uma vez a criança estando viável, seria nomeada de modo a não
ter homônimos, seria escolhida pelos pais apenas o primeiro nome e levada
diretamente ao berçário dos primeiros dias, onde seria educada pelo estado a
fim de formar cidadão exemplar.
Com se vê, Barbarella já era! O único problema seriam os viciados
em orgasmos, que o Governo teria muitos problemas para tratamento virtual, já
que a produção destes doentes seria muito inferior à média exigida pelo
capital.
Certamente não verei este novo Mundo.
Tony-poeta
15/09/2013
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