COINCIDÊNCIAS
Muito difícil
coincidir meu pensar com o pensar da vida. Os desencontros são regra.
Tanto faz
que colha flores no jardim de minha casa ou dê volta no planeta buscando a
pedra verde-amarela-alaranjada de minha imaginação, a vida não consegue se
encontrar com o viver, apenas um corre de um lado enquanto o outro se põe a
correr em direção oposta; sempre em fuga, sempre em busca, sempre em desalento.
Mas,
uma hora há o encontro, tanto faz que seja presencial ou solitário; quase toda
noite este encontro existe.
Acontece
no espaço curtíssimo entre a vigília e o sono, aquele momento que se tenta
entender quem se é e, quem compartilha de sua vida. Na madorna é possível
viajar por todo o Universo, sorrir, ser presente em pessoa e solitário na
imensidão, é voar, voar por lugares desconhecidos com formas bizarras, mas harmônicas
com o coração.
Depois,
só o cobertor e o mundo de fantasias da noite me preparam para mais um dia de
busca, sempre diferente do anterior.
A vida
deste modo é apenas uma repetição de adormecer, até não ter volta, e viajar no
lapso do tempo imaginário da eternidade.
Porém,
felizes são as andanças dos desencontros, nelas brilham raios de luz
esperançosos que despertam sorrisos e ternura. O espaço que ocupo comigo é
sempre de luz, não impostam obstáculos, estes como coisa sorriem e incentivam a
continuar,
O lapso
entre a vigília e o sono talvez seja a realidade do viver, nele encontro, mesmo
por instantes a vida e o viver; quem sabe o Universo em sua totalidade, do qual
sou parte mesmo microscópica.
Viver é
desfrutar o desconhecido, apenas.
21/09/2013
Tony-poeta
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