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AMOR E SOFRIMENTO.
Nos doze
metros de meu quarto viajo no infinito de meu pensamento, como carrinho de
trombadas de Parque de Diversões, abalroando a cada metro, sigo confuso, sem
direção.
No espaço
sem fim, no vale desconhecido delineiam-se tons azuis e verdes. Seriam oásis de
sonhos? A busca é aflita em trancos de dor e quedas de solidão. O caminho
esburacado com armadilhas escondidas na falta de luz ferem os membros.
Machucado,
recolho-me a meu espaço sem fim, gozando das dores como que olhado por toda a
sociedade e até sinto as mãos macias de uma alvura nunca antes encontrada
acariciar minha face; posso até ouvir palavras doces que saem em acordes de
lira, melodiosos acalmando meu sofrimento. Contente com a dor, nos trancos da
estrada, os pés se arrastam para a vegetação magica de arvores com frutos de
ouro que saciaram meus desejos e darão a calma almejada do sonhar.
Vencido
o véu, as formas delineiam-se sem frutos de ouro ou folhas de esmeraldas. O
sonho muito maior do que a possibilidade dos objetos frustra. Recolho-me
novamente, encasulo-me em meu sofrimento, sorrindo a espera que o mundo me
acalente e as mãos delicadas da fada encantada me faça gozar.
Trombando
em caminhos do Parque da Vida, chorando e rindo a cada dor; temendo a
felicidade que vira saudade num sopro de vento e, buscando o acalento das mãos
que escorregam como agua que escorre de uma cachoeira e, vai muito longe
espraiar-se nas pedras pretas e limosas do desaparecer.
No meu
aposento de doze metros bato nas paredes, buscando o infinito de meu
pensamento, num carro de parque que tromba contínuo até a luz ser desligada e
não mais sorrir com o sofrer.
Tony-poeta
26/04/13
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