QUERIA ENTENDER.
Um
grupamento animal, incluindo o humano tem como objetivo a dignidade de cada
elemento.
Vi na
T.V. uma femea de leão, [as femeas são todas da mesma família sempre, irmãs e
primas.] que em uma caçada ficou cega de um olho. A mesma precisou provar que
conseguia caçar, o que ela o fez, para continuar no bando.
O homem
tenta ser mais tolerante, amparando seus deficientes. Isto na sociedade moderna,
nas sociedades mais antigas era praticada a eutanásia. Como no caso dos leões.
Uma evolução, ou humanização.
O grupo
em si, uma vez formado, tanto em leões e outros animais apresenta uma hierarquia
com questão de ordem, necessária para coesão do grupo. Cada animal na natureza
que vive em bandos a respeita e, a mobilidade quando acontece é a custa de
muita luta; às vezes fatal.
A humanização
presume um sistema democrático, onde a mobilidade social é teoricamente
pacifica e aceita; todos os membros de uma comunidade têm os mesmos direitos, a
saber: Dignidade, emprego, alimentação, moradia. Tanto nos partidários de direita ou de
esquerda.
Não é o
que vemos. Atualmente as diferenciações em camadas, verdadeiras castas são
gritantes, a ponto da diferença de posses do mais pobre ao mais rico ser
incomensurável; incompatível a uma pretensa igualdade. Isto é explicado pelo
capital de que se trata de um projeto para o futuro. Alegam não utópico. Será?
Vamos
observar com mais minucia. O humano não vale atualmente pela sua capacidade
nata, mas sim pelo capital acumulado por ele e seus ancestrais. Explico. Um
repentista analfabeto ou semianalfabeto, sempre será inferior a um professor de
letras numa Universidade. Não se leva em conta que o sertanejo que usa seu
instrumento por talento nato e realmente é um artista, e o professor, que não
possuindo nenhum talento, escreve seus artigos por técnica apreendida e esforço
pessoal. O Talento nato foi desprezado. Só existe o valor estudo; ou seja, o
que foi gasto para este professor chegar a sua posição. O valor dinheiro
tornou-se a única variável. Todas as outras foram deixadas de lado.
O ser
se tornou regido pelo poder econômico de cada parte, isto fez com que a
hierarquia fosse acrescida de mais elementos; sem poder de mobilidade onde o de
cima desconsidera todos os que se encontrem abaixo, numa perversa relação
senhor escravo fracionada. Explico melhor:
Vamos supor
que o elemento X seja operário e se relacione com outros iguais no serviço. Tem
uma relação de camaradagem com todos os demais, inclusive frequentando
ambientes comuns e a casa dos mesmos nos períodos de folga.
Por algum
motivo, esforço próprio ou um melhor relacionamento é promovido à função de Líder,
passando a ficar ligeiramente superior aos colegas. Em pouco tempo desprezara
os antigos companheiros e os criticará sempre que possível. Há uma nítida mudança de estatus social,
mesmo numa pequena diferença, como no caso citado.
Até esta
divisão ampliada pode ser considerada como uma evolução social, mesmo perversa.
A situação
se complica que nesta divisão da divisão se acrescentam outro fator, a saber:
O desemprego.
Este,
como acabamos de ver nos Leões e típico de outras sociedades grupais, não é
aceito e considerado não natural. A coisa se complica quando se considera a
taxa de cinco por cento desempregados como emprego pleno; e se trata de uma
meta, dificilmente comprida, variando em oito a dez por cento, podendo atingir patamares
de até dezoito por cento em situações de crise, como vemos atualmente na
Europa.
Complicando
ainda mais, os Economistas recomendam em situação de crise que se “enxugue a
empresa ou o governo”; ou seja, aumente o numero de desempregados.
Oras!
esta situação fere totalmente a dignidade e a sobrevivência dos indivíduos,
numa perversa exclusão onde estes não são formalmente desligados da sociedade
e, ao mesmo tempo não estão incluídos, tendendo a uma população marginal em
condições piores que a escravidão. Esta situação não tem referencial em nenhuma
sociedade conhecida. Pura invenção humana.
Os economistas,
pessoas que trabalham para uma pequena elite detentora do capital, justificam a
barbaridade como Fundamentos da Economia.
Não sou
economista. Dos 14 aos 15 anos trabalhei em São Paulo numa Multinacional [Gessy
Lever] e como boy buscava impressos na Rua Direita nos Impressos Padronizados
Record. Cinquenta anos depois, vendo meu filho trabalhar em contabilidade,
descobri que os mesmos impressos se encontravam na tela do computador como
inovação. Não mudou nada.
É evidente
que os impressos básicos não representam a Economia, mas o sistema de controle
é à base do protocolo. Dele é derivado. Todas as profissões atuais trabalham
neste sistema.
O que
vemos é que todas progrediram [o protocolo dá um progresso até se esgotar, pois
não trabalha com imprevistos, o que o limita.] Mas na Medicina, aumentou a
perspectiva de vida, diminuiu a mortalidade materno infantil, trouxe melhor
controle de doenças infecciosas e mesmo doenças com o câncer. Não resolveu
tudo, e está longe a solução, mas a melhora é visível. E a economia com seu desemprego
programado?
Não
consigo ver melhoras. Todo ano Grandes empresas, incluindo as do setor, países e
bancos quebram e as crises mundiais parecem ser até programadas. Pelo menos
cada dois ano tem uma. O que está havendo? Os protocolos estão errados? O
desemprego sistêmico é necessário? Ou os tais fundamentos estão parados no
tempo, como estão os impressos de controle?
Está na
hora da sociedade cobrar explicações para seus economistas, pois a previsão é de
dois bilhões de pessoas na miséria absoluta em poucos anos e os tais
fundamentos estão completamente cegos.
www.tony-poeta.blogspot.com
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