sábado, 21 de janeiro de 2012

PENSAMENTO - AS PEDRAS









PENSAMENTO – AS PEDRAS





Todo homem é andarilho



Seu trajeto é para amar.



São as pedras do caminho



Diamantes a lapidar.







21/01/12

tony-poeta pensamentos








PENSAMENTO - IMPORTANTE







PENSAMENTO – IMPORTANTE









O homem tenta parecer importante



Para esconder o medo interno



Que o deixa impotente.



É o mais fraco que faz a guerra



Tenta dominar a terra



Para esconder a fragilidade,



Que como monstro seu ser invade.







21/01/2012

Tony-poeta pensamento

HUMANIDADE.







HUMANIDADE





                                                                           Os gênios e os transgressores       são



                                                                                                                             apátridas.

                                                                                          Sociedade: são de iguais.





Afinidade

Todas pessoas se unem.

É afinação.



Cada povo

Uma orquestra

Uma canção.



Inúmeras

São as sociedades

E suas canções.



Cada uma

Uma única harmonia.

Sociedade global:

UTOPIA.





21/01/12

tony-poeta pensamentos




FORA !!!!!!!!










FORA!





Assimilei...

Foi uma cacetada.

Ficou a ferida profunda...



Tudo seguirá...



O rio nunca volta

O oceano o espera.



A morte é certa!



Na nascente

O choro d’água

Durara até a foz.



Quando eu não for mais nada

Lembrar-me-ei de tua voz.. 




ADEUS!!!!!!!




tony-poeta pensamentos
sem data











sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O PAPAGAIO QUE CHAMOU A POLICIA


O PAPAGAIO QUE CHAMOU A POLICIA




Não sei como apareceu. Estava voltando de meu trabalho e tinha um papagaio com sua gaiola no quintal. Tampouco sei quem o trouxe. O que não me interessou muito. Minha irmã, de aproximadamente nove anos, oito anos mais nova que eu, vivia querendo adotar animais, o que meus pais sempre atendiam. A verdade é que havia um papagaio em casa. Nunca fui partidário de aprisionar animais, nem de cortar as asas. A ave não voava. Descobri que já era adulto e vinha com meia dúzia de palavras aprendidas.

Na época não havia controle de animais silvestres, a comercialização era livre e predatória. Um absurdo!

Ele se adaptou bem ao quintal. Nele havia uma área de serviços, o apartamento onde morava Miguel, o motorista, nosso parente. Meus pais nunca dirigiram. Ele nos fazia este favor. Tinha um arbusto em frente o apartamento. A gaiola foi colocada ao lado da janela do aposento e um sarrafo, colocado por meu pai, ampliou a área de movimento da ave até esta pequena árvore.

Em menos de uma semana começaram os problemas. O papagaio não gostava de mulheres. Com saia ou calça comprida ele as reconhecia e puxava os cabelos ou dava bicadas na cabeça. A gaiola e o sarrafo faziam com que estivesse sempre acima da quem passava. Os elementos femininos pararam de lá passar. Minha irmã perdeu o animal de estimação que acabara de ganhar. Ela resolveu rapidamente arrumando um cachorro. A empregada não conseguia limpar a gaiola e alimentar o louro. Eu, por ser contra, me recusava a participar. Sobrou para meu pai, que já não tinha quase nenhum tempo disponível. Durante a semana ele o alimentava e trocava a água, e no dia de folga lavava a gaiola, que a estas alturas estava sempre imunda.

E o louro ficou por lá. Não sei se não procuraram alguém que o quisesse ou se prometeram cuidar ao antigo dono. Até aí continuava não me inteirando.

Uma segunda-feira. Garoava forte e fazia frio. Pelas duas da manhã o telefone tocou. Era da delegacia. Lá se encontrava o papagaio. Chamavam meu pai.

Levantou, se vestiu, acordou o Miguel. Foram ao Distrito saber como o papagaio foi parar lá.

Na delegacia, Sr. Carlos, meu pai, ficou constrangido. Creio que muito, pelo seu modo de ser. A gaiola que seria lavada no dia seguinte, portanto bem suja, se encontrava em cima da mesa do delegado. O papagaio solto passeava pela mesa descontraidamente. O delegado martelava o indicador na escrivaninha. Dois rapazolas de uns dezoito anos estavam sentados e algemados no corredor ao lado. Tinham “visitado” o quintal em busca de algum objeto, viram à gaiola, fecharam-na e saíram a pé com o produto do furto.

Subiram a Alameda Campinas, bastante íngreme, os dois e a gaiola, sem guarda chuvas na garoa forte. O fusquinha da policia estranhou, fez a verificação e constatou o delito. Foram os dois, junto com a gaiola, colocados no banco traseiro; os dois policiais na frente e deram entrada no plantão.

Esclarecida a situação, Sr. Carlos, que sempre acreditou no ser humano, pediu que dessem um pito nos rapazes e os liberassem depois. Não fez queixa e também não acreditava que a policia lhes daria umas bofetadas.

Chegaram quase amanhecendo. Logo depois eu estava levantando para trabalhar.

Fui ao trabalho. Trabalhava no Centro Velho de São Paulo, onde se localizavam os escritórios na época. Parei na banca de jornal, ao lado do ponto, era habito parar e ver as notícias. Todo Paulistano fazia isto. Corri o alho nos periódicos.

No Noticias Populares, um jornal que dizíamos que espremendo saia sangue, tinha a manchete: PAPAGAIO DA ALARMA E CHAMA A POLÍCIA.

Intrigado. Era muito pouco tempo para editar a matéria. Comprei o jornal. Na página interna estava:- O papagaio do Sr. Carlos Gomes (meu pai) estava sendo roubado e vendo a viatura começou a gritar. –Policia pega ladrão! Pega ladrão!

Na hora do almoço descobri que o autor da matéria era um amigo de meu pai. Passando na delegacia viu de quem se tratava e resolveu fazer uma gozação. Aliás, foi o motivo das piadas pelo resto da semana.

O papagaio continuou em casa.





Tony-poeta pensamentos

20/01/12











  


PASSAGEIRO [ TANKA]





PASSAGEIRO  [tanka]





É de passagem

A primavera corre

Só contemplando.

Esta pequena viagem

Tudo se chama viver.







É só paisagem

Não te adianta correr

O inverno vem

Preparando a terra

De outro novo viver.





20/01/12

tony-poeta pensamentos










quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O CAIÇARA

 

Há muito tempo, Uma casa no espaço

Entre matas, a margem do canal.

 Ir a Igreja, só barca. Diz:- Normal,

A minha vida segue seu compasso.



Até hoje ficou. A mata é seu muro

O lampião, fraca luz, quebra o escuro

Da mata fechada. Do lado oposto

A cidade cresceu. Até dá gosto!



Mas se lá fez família e seu viver

Cresceu a cidade, mas onde crescer

Na casa simples da margem oposta

Onde leva a vida como esta gosta.



A cidade cresceu. O caiçara ficou

Vivendo feliz o tempo que passou.

Olha doutro lado. Tudo é progresso

Vive como poeta, como é nos verso.



19/01/12

tony-poeta pensamentos


DILEMA - OBJETO

 
DILEMA – OBJETO





O dilema é sério:



O que é meu?



O que não é?



Se, parte de meu eu



É expelido



Penetra o objeto.



Sou eu



Também fora.



Tudo sou eu?



Se, penetro fora



E sou eu,



Mas ali é fora.



Sendo fora me penetra



No fora penetro



E sou eu



Lá fora?





tony-poeta pensamento

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Pensamento - PALAVRAS




PENSAMENTO: palavras





Num ato existe o afeto.



Em outro, mal-entendidos.



Só nas palavras existem



O que pode ser compreendido.





tony-poeta pensamentos

02/11/1991






quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

RECORDAÇÕES

Imagem Google





Vivo entre várias sombras assimétricas
De duvidosa mensagem.
São cabelos que caem em luar
No mar
E se aprofundam.
Balbuciam no fundo
Às conchas
Gotas balsâmicas de amor...

Atmosfera há. E há luz também
Ora uma luz argêntea de tom esquisito,
Ora luz dourada de tesouro perdido,
Em nuvens e brumas,
Fantasmas e anjos
Existem e in-existem.


20/07/1970
Tony-poeta pensamento

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BEBER ÁGUA QUENTE.

BEBER ÁGUA QUENTE.





Recebi um e-mail de meu amigo Fernando. Na verdade ele repassava um panfleto em circulação na NET. Beba água quente após as refeições e dois copos de água, desta feita fria, em jejum.

 Meu amigo, vegetariano. Fanático por uma vida mais próximo ao natural e, portanto holística, por certo tinha seus motivos para dúvidas. Circulam diariamente nas telas, além de correntes para: ficar rico, preces para a felicidade eterna, propagandas de medicações e soluções fantásticas para a performance sexual e coisas mais variadas possíveis, todas com boa intenção e exagerada crendice. Há inclusive sites para verificar a veracidade das informações, onde após circular com um determinado numero de compartilhamentos, profissionais se põe ao encalço da verdade e publicam com suas explicações na Net.

A água quente e os copos de água [fria] em jejum provem da sabedoria popular. O fato por si já dá alguma idoneidade. Os antibióticos, por exemplo, que usamos hoje foi criado no final da segunda guerra, e por acidente.

 Fleming, antes da revolucionária descoberta da penicilina, estava resfriado. A secreção de seu nariz caiu e contaminou uma cultura de bactérias que este estudava. Ao invés de desprezar, por curiosidade continuou o processo de cultivo. As bactérias foram inibidas e foi descoberta a Lisozima, um bactericida [mata bactérias] que orientou as pesquisas seguintes até a revolucionária penicilina. Ora, a observação era o que tinham os antigos para se cuidarem, tanto deu certo que somos seus descendentes.

Devemos nos lembrar que a medicação moderna, que ora usamos, provém exclusivamente da natureza: ou mineral ou de organismos vivos, [bactérias e vegetais]. E a orientação da pesquisa, pelo menos na fase inicial é o uso popular, o desenvolvimento posterior é que vem a ser a ciência que conhecemos.

 Na Alemanha no pós-guerra, a destruição de seus laboratórios provocou o retorno a medicina natural de forma preferencial, hoje normalizada a produção “moderna” de medicamentos a comercialização de produtos da natureza continua e com bons resultados e aceitação.

As cidades mais distantes dos grandes centros no Brasil, o tratamento ainda é predominantemente natural, com vários chás e garrafadas e com resultados razoáveis a população.

A água quente pós refeição nada mais é que o tradicional e milenar chá de jasmim dos orientais. No hábito desta cultura, aliás  muito salutar, após a alimentação toma-se uma xícara de chá quente [bem quente] de jasmim. Igual em volume a que tomamos o cafezinho. Provavelmente por aumento de temperatura. Chegará ao estomago mais quente que a refeição mastigada e, portanto resfriada, e ajudará as enzimas digestivas a absorver melhor os alimentos. Funciona realmente. Pode ser usada como outros chás, não precisa ser água quente pura que é enjoativo. Mesmo dando uma pequena sudorese em dias quente, pode e devem ser adicionados aos nossos hábitos alimentares. Facilita e melhora a digestão.

Quanto aos dois copos de água em jejum, este é um costume antigo que infelizmente foi perdido pela desculpa da vida moderno. Procurem quadros da época de mil e oitocentos e inicio de mil e novecentos e verão que ao lado da cama, sempre há uma moringa e seu copo. A água deve ser consumida em jejum também, se não houver doenças que impeçam [ex: Insuficiência renal e cardíaca.]. Deste modo consumido melhora o desempenho renal, [que é um filtro do organismo], melhora o funcionamento do intestino. Atualmente há uma “epidemia” de obstipados [intestino preso], não por doença orgânica, mas pelos maus hábitos modernos e isto inclui a baixa ingestão de líquidos. Portanto deveria voltar a fazer parte de nossos hábitos.

Lembrem-se: as descobertas da ciência são sempre cumulativas dos conhecimentos anteriores. Não é porque temos o novo que o velho é errado. São interdependentes, um gera o outro. Lao Tsé fundador do Taoísmo dizia: “Tao é um vaso e sua forma é prefeita.” [Tao é a força superiora, os orientais não humanizam deuses]

Isto quer dizer que, por mais que se pense que nós tudo sabemos, estamos apenas fechados e dependentes do vaso TERRA e usando somente o que nele há. O que for bom deve ser mantido.

O que não está sendo usado deve ser guardado para outra ocasião. Não há nada descartável no planeta. O modo que estamos agindo não é o correto. Devemos sim usar a água de acordo com o conhecimento ancestral.



17/01/2012

tony-poeta pensamentos




NOMEAR ESTRELAS



NOMEAR ESTRELAS.


Fuja dos desencontros contando estrelas.
Para em uma por uma.
Não lhe dê um numero.
Dê um nome:
Seja poético!

De um nome de amor...
Talvez um nome de flor...
Um nome que inspire carinho.

Desenhe nelas
Com todos os matizes
Um reino bem pequenino.

Inicie os arranjos:
Branco,
Branco e verde
Verde e branco,
Alaranjado, verde e azul...
Castanho arroxeado
Princípios do mês de abril
Um lago todo encantado,
Barquinho correndo em ondas
Azul, branco e amarelo
O sol desmaiando n’água
Vermelho, muito vermelho,
Aves negras em disparada.
Borboletas de alvo azul
Voando à brisa embalada...
Prateado da lua surgindo
Em véu, doce inspiração
Tudo lindo! Tudo lindo!
Que é de tua frustração?


27/03/1970
tony-poeta pensamentos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GAROA - DEPRESSÃO




GAROA – DEPRESSÃO





Começa o dia: nublado, escuro.

O dia que não tem movimento!

A chuva é um quadro obscuro

É uma cobrança insistente:

O que é esta vida da gente?

O que é ser, sem movimento?



Monótono encontro o dia

É um oco na conformação

Dos confusos pensares vadios

Brejeiros que enchem de emoção.



                                                 Se não tenho nem ansiedade

Pois esta é medo ou vontade

Do que está para acontecer.

No marasmo do gris, a alma

Não há pressa, tampouco calma,

Pois não há onde se esconder.



Busco ver no passado: Nada!

No porvir; sem nenhuma estrada!

Simplesmente sem um lugar:

 Apaixonado ou desprezado?

No nada não tem verbo amar.



E no espaço sem ancoragem

Sem nenhum vôo ou fixação

Na visão nenhuma miragem

Nem de guerra, nem de paixão.



O som da garoa, tão abafado

 Não tenta nem mesmo falar

É um misterioso tom calado

Que não tem nada o que contar.



 Sem sonoridade e espaço.

 Tímidas ondas do pensar,

Sem movimento ou compasso,

Sem ter ódio e sem amar,

Sem nenhum borrão de ansiedade

Sinto na alma a necessidade

De ter algo a se preocupar.



Minha conclusão:

Ao ser fora de ação

Isto é depressão.







Tony-poeta pensamentos

16/01/2012






domingo, 15 de janeiro de 2012

LACAN MEU CÃO





LACAN MEU CÃO



.

Quando Ana vai ver a netinha fico só. Apesar dos inconvenientes de fazer comida e cuidar do Lacan, sinto o gosto do silêncio e da TV desligada sem o barulho inútil de sua programação de má qualidade.

Dedico-me a ler meus livros, sem reclamações. Ana acha que compro muitos livros e as estantes não dá conta: Quanto às estantes: tenho que fazer outras; quanto à quantidade é a necessária para meu gosto.

Lacan é uma companhia adorável. Raramente late. Está sempre alegre abanando o rabo, embora seja meio tramista e fique me cortejando com suas lambidas para receber guloseimas. Acho que por isso está com sete quilos sendo raça pequena Yorkshire.

Com ele entendi em outra feita como é o apego do objeto transicional. Winnicot, um grande psicanalista, relatou em seus livros que a criança se apega a um objeto macio, geralmente um pano, [na Monica do gibi é o coelhinho,] para enfrentar o mundo hostil. Relatou que os cachorros usam o mesmo expediente. Como Lacan já tivesse o paninho, um velho colete de lã verde, comprei uma bola dura e outra mole para comprovar o macio da teoria. Estava certa. O homem enfrenta o mundo agasalhado e em contato com coisas macias, ou seja, carinho. Os cães também.

Desta vez Lacan ficou ansioso. Mesmo brincando, mas menos que o normal, comendo bastante como sempre faz, [já sugeriram regime]. Ficou mais tempo próximo a porta de entrada e menos a meu lado. Sentia falta. Mas, o que me chamou mesmo a atenção foi o modo de fazer suas necessidades. Tem um jornal que, quando não dá para esperar a voltinha na rua, que acontece por duas vezes ao dia, usa como banheiro.

Há algum tempo, em outra saída da Ana tinha urinado no computador. Obvio que colocamos uma capa. Desta vez além de uma urinada no computador, urinou no guarda roupas da Ana, no pufe, também dela esticar as pernas para ver a TV e deu uma pequena defecada em baixo da cadeira que ela janta.

Enquanto limpava, por costume de profissão comecei associar: Toda esta atitude não habitual estava apontando os locais que sua dona ficava. Associado a sua conduta, ele estava falando que sentia falta de sua dona, ou mais, estava usando um elemento mágico o único possível em suas limitações do cão, para, por meio dos excrementos, trazerem sua dona de volta.

É interessante notar que o humano também usa excrementos em suas manifestações, mais para mostrar repúdio ou vitória, como no caso dos soldados americanos urinando sobre os cadáveres. Este comportamento do Lacan me induz seriamente a pensar que o componente mágico dos humanos existe em outros seres. É para ser estudado com mais controle acadêmico.

Observação: Não dou castigo a animais.  

HOMEM MODERNO







HOMEM MODERNO antipoema





-Vou guardar a noite



Colocar o dia.



-gosto desta gravata!







15/01/12

tony-poeta pensamentos